segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Indicação: Plataforma Currículo + , para trabalhar Variação Lingística
VÍDEO PUBLICADO: 18/DEZ/14


Vídeo aborda o emprego de recursos expressivos da linguagem verbal em gêneros textuais veiculados em diferentes meios de comunicação e apresenta alguns fenômenos fonológicos do padrão silábico e sua relação com a representação escrita. O vídeo apresenta a relação entre mídia e comportamento humano. Para a checagem de hipóteses, os alunos podem ser convidados para reflexão sobre o conhecimento prévio das variação linguística a partir da questão: Você acha que existe apenas uma Língua Portuguesa ou podemos encontrar variações?

Crenças epistemológicas 



Diante de um obstáculo de aprendizagem, muitos alunos desistem, porque acreditam, ingenuamente, que o conhecimento se caracteriza pela simplicidade e fragmentação; que a aprendizagem se faz rapidamente e as habilidades para aprender são inatas.Com muita frequência, as tarefas relativas à leitura exigem que nos tornemos ao texto mais de uma vez. 

Ao confrontar textos, o leitor persegue objetivos. Com base nesses objetivos, coisas diferentes vão acontecer em relação à compreensão . A leitura é uma habilidade que é reconstruída e não uma técnica que se aplica .

O aluno deve saber por que ler um texto e não outro. Temos também de recuperar e ampliar os conhecimentos preexistentes necessários para o texto. Identificar o processo de leitura mais adequado é outro aspecto que temos de ter em conta antes de propor uma leitura sob a forma de sala de aula .

ATPC - 01/09/2015


    Vídeo: MGME - Estratégias de Leitura 


Texto para estudo: ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE COMPREENSÃO LEITORA 

(...)
Para I. Solé (1998), as estratégias para a compreensão leitora “são procedimentos de caráter elevado, que envolvem a presença de objetivos a serem realizados, o planejamento das ações que se desencadeiam para atingi-los, assim como sua avaliação e possível mudança” (SOLÉ, p. 69). Mais adiante, essa autora salienta que no ensino da leitura devem ser considerados a elaboração e o uso de procedimentos gerais, que possam ser transferidos, sem maiores dificuldades, para situações de leituras múltiplas e variadas . Ela aponta as seguintes estratégias para o leitor utilizar e poder compreender o que está lendo: 

  • Antes da leitura: estratégias para o leitor se dotar de objetivos de leitura e atualizar os conhecimentos prévios relevantes;
  • Durante a leitura: estratégias que permitem o leitor estabelecer inferências, rever e comprovar sua compreensão enquanto lê e tomar decisões apropriadas diante de erros ou falhas nessa compreensão;
  • Depois da leitura: estratégias para o leitor recapitular o conteúdo, a resumi-lo e a ampliar o conhecimento que obteve quando leu. 
ANTES DA LEITURA

Motivação para a leitura: Não se deve iniciar nenhuma atividade de leitura sem que os alunos sejam motivados para ela, isto é, sem que lhe atribuam sentido. Assim, eles devem saber o que fazer, conhecer os objetivos que se pretende alcançar com a leitura, devem sentir que são capazes de fazê-la. 

Objetivos da leitura: Os objetivos dos leitores com relação a um texto são muito variados, assim o professor deve considerar no ensino, objetivos gerais, tais como: o Ler para 
  • obter uma informação precisa: é a leitura que se realiza para encontrar algum dado, como por exemplo, consultar um dicionário ou uma lista telefônica; 
  • seguir instruções: é a leitura que permite se fazer algo concreto, como por exemplo, ler a receita de um bolo, um manual de aparelho eletrônico; 
  • obter uma informação de caráter geral: é a leitura que se faz quando se quer saber de que trata um texto, saber o que acontece, ver se interessa continuar lendo; 
  • aprender: é uma leitura com características diferentes das anteriores, pois quando se lê para estudar, o leitor sente-se mergulhado num processo de auto-interrogação, de estabelecer relações com o que já sabe, de fazer recapitulações e sínteses. É comum elaborar resumos e esquemas, anotar as dúvidas, estratégias essas, que permitem a elaboração de significados caracterizadores da aprendizagem; 
  • revisar um escrito próprio: é uma leitura crítica, que poderá levar o aluno a melhorar sua escrita, pois quando se lê o que se escreveu, o autor revisa a adequação do texto que produziu para transmitir o significado que o levou a escrevê-lo. Assim, a leitura exerce um papel de controle; 
  • fruição: nessa leitura o que importa é a experiência emocional que ela despertou. Assim, é importante que o leitor vá elaborando seus critérios para selecionar os textos que lê, bem como, para avaliá-los e criticá-los; 
  • verificar o que se compreendeu: nesse caso, os alunos devem dar conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre texto, fazendo sua recapitulação. 
Ativar o conhecimento prévio: É necessário que o professor verifique constantemente qual o conhecimento prévio e/ou enciclopédico que os alunos trazem, pois eles condicionam enormemente a construção do sentido; não se referem apenas aos conceitos dos alunos, mas também aos seus interesses, expectativas, vivências. Dessa forma, o professor deve: 

1- Dar alguma explicação geral sobre o texto a ser lido, seu tema ou conteúdo, o tipo textual, para que os alunos possam relacioná-lo às suas experiências. Ao combinar essas informações com os objetivos para a leitura, eles possuirão, antes de iniciar a leitura um esquema ou plano que lhes dirá sobre o que fazer com ela e o que ele sabe ou não sobre o que vai ler; 
2- Ajudar os alunos a prestar atenção a determinados aspectos do texto, o que poderá ativar seus conhecimentos. Assim, é interessante comentar sobre os títulos e subtítulos, ilustrações, gráficos, sublinhados, palavras-chave e expressões como “A ideia fundamental que se pretende transmitir...”, “um exemplo do que se quer dizer...”, e outros indicadores; 
3- Incentivar os alunos a comentarem o que sabem sobre o tema ou assunto, substituindo a explanação do professor.
4- Fazer previsões sobre o texto: O professor deve estimular os alunos a fazer hipóteses e previsões e sua verificação. Também pode se basear no tipo textual, nos títulos, ilustrações etc., e nas experiências dos alunos. Pode perguntar, por exemplo, o que pensa que vai encontrar no texto, de que ele vai tratar e pedir para que veja se as suas previsões se concretizaram; 
5- Incentivar a formulação de perguntas sobre o texto: Nesse caso, os alunos podem interrogar uns aos outros ou se autointerrogar, assumindo a responsabilidade sobre seu processo de aprendizagem. Estarão não somente utilizando o seu conhecimento anterior mas também se conscientizando sobre o que sabem ou não sabem sobre o assunto do qual o texto trata. É importante que as perguntas que possam surgir estejam de conformidade com o objetivo geral da leitura do texto. Por exemplo, quando se trata de um texto expositivo, sua organização orienta quanto à informação que ele contém e, assim, a fazer com que as perguntas formuladas antes da leitura afetem seu conteúdo essencial; mas se se tratar de um texto causa/efeito, as questões se relacionarão aos fatos ou problemas e aos efeitos que eles causam; e, finalmente, um texto expositivo-comparativo conduzirá a perguntas sobre as semelhanças e as diferenças entre fatos ou conceitos nele contidos. 


DURANTE A LEITURA 
Tarefas de leitura compartilhada: Nesse caso, professor e alunos revezam-se e trocam seus papéis na organização da tarefa de leitura. Primeiramente, deve acontecer uma demonstração do modelo do professor e, em seguida, o assumir progressivo de responsabilidades de parte dos alunos, em torno de quatro estratégias importantes para uma leitura eficiente:






1-Formular previsões sobre o texto a ser lido;
2-Formular perguntas sobre o que foi lido; 
3-Esclarecer possíveis dúvidas sobre o texto;
4-Resumir as idéias do texto. 

Quando os alunos se acostumarem com esse trabalho, poderão ser organizadas situações de pequenos grupos ou duplas, nos quais cada participante se reveza para assumir a função de diretor. 

A leitura independente: Além de incentivar a leitura por fruição, todos os professores e não exclusivamente os de Língua Portuguesa, podem se propor o objetivo de se usar certas estratégias em tarefas de leitura individual. Pode-se, por exemplo, fornecer aos alunos materiais preparados para que eles pratiquem por sua própria conta algumas estratégias já utilizadas nas aulas de leitura. Estes materiais podem se relacionar a diferentes objetivos de leitura, como por exemplo, se que se propõe é que os alunos realizem previsões sobre o que estão lendo, podem ser inseridas ao longo do texto questões que o façam formular hipóteses sobre o que pensa que vai acontecer na seqüência; se se pretende trabalhar o controle da compreensão, pode-se dar aos alunos um texto que contenha erros ou incoerências, pedindo que eles as encontrem, ou então não lhes pedir nada, para ver se as localizam; também pode ser feito um trabalho através de textos com lacunas, para que os alunos façam inferências, importando aqui, não a exatidão das palavras ou frases, mas a coerência da resposta, que constitui a prova de que ocorreu a compreensão. 

Os erros e as lacunas da compreensão: De acordo com Collins e Smith (1980) citados por Solé (1998, p128), esses problemas se referem à compreensão de palavras, de frases, nas relações entre as frases e no texto em seus aspectos mais globais. Dessa forma, as lacunas na compreensão podem advir do fato de não se conhecer algum dos elementos citados ou ao fato de o significado dado pelo leitor não ser compatível com a construção do sentido do texto. Igualmente podem existir vários sentidos possíveis para a palavra, frase ou para um trecho, e, assim, a dificuldade está em se decidir qual o mais adequado. As dificuldades mais corriqueiras em se considerando o texto em sua totalidade relacionam-se à impossibilidade de se determinar o tema, de identificar a mensagem ou à incapacidade de entender por que certos acontecimentos ocorrem. Estratégias que interrompem bruscamente a leitura, como consultar o dicionário ou fazer perguntas ao professor só são válidas caso a palavra em questão for absolutamente necessária para a compreensão do texto, pois quando o leitor interrompe a leitura, ele perde a concentração. Assim, é importante se ensinar estratégias e também que aquelas que interrompem a leitura só devem ser utilizadas quando ocorrer uma necessidade real; e, quando uma palavra, frase ou fragmento não forem importantes para a compreensão, o mais certo a fazer é aconselhar o aluno a ignorá-la e continuar a ler. Isso dá resultado e é um procedimento muito utilizado por leitores proficientes, que realizam uma leitura rápida e eficaz. Porém, pode não funcionar, então é preciso recorrer a consultas (ao dicionário, aos colegas ou ao professor). 


DEPOIS DA LEITURA 



1- A ideia principal: Informa sobre o enunciado ou enunciados mais importantes de que o autor se utiliza para explicar o tema, aquilo do que trata um texto e pode expressar perante uma palavra ou uma expressão. Ela pode estar evidente no texto e surgir em qualquer ponto dele ou pode estar implícita; pode estar construída em uma frase ou mais e fornece maior informação. Para localizá-la, basta responder à seguinte pergunta: qual é a ideia mais importante que o escritor quer explicitar com referência ao tema?

2- O resumo: A elaboração de resumos é uma das estratégias necessárias para se chegar ao tema de um texto, para identificar a ideia principal e as ideias secundárias. Assim, é fundamental que os alunos compreendam por que precisam fazer resumos, que vejam resumos prontos, que o façam conjuntamente com o professor e que utilizem essa estratégia de maneira independente. O resumo é uma ferramenta ótima para se saber o que aprendeu e o que falta aprender; ele é uma genuína estratégia para a aquisição do conhecimento. 

3- Formular e responder a perguntas: É um procedimento muito utilizados nas salas de aula, depois da leitura, e, em geral, consta também nos livros didáticos. Além de aparecer como uma atividade de ensino, é muito comum ser utilizada para a avaliação da compreensão. É importante elucidar, segundo Solé, que: ensinar a formular e a responder perguntas sobre um texto é uma estratégia essencial para uma leitura ativa, pois o leitor capaz de formular perguntas pertinentes sobre o texto está mais capacitado para regular seu processo de leitura e, portanto, poderá torná-lo mais eficaz. (SOLÉ, 1998, p.155). De acordo, ainda, com a autora (Solé, 1998, p.156) que se fundamentou nos trabalhos de Pearson e Johnson (1978), as perguntas podem ser: 
1-Perguntas de resposta literal, que se encontram diretamente no texto; 
2-Perguntas cuja resposta pode ser depreendida, mas que requer que o aluno relacione diversos elementos do texto e que faça alguma inferência; 
3-Perguntas pessoais, que tomam o texto como referencial, mas cuja resposta não pode ser inferida do mesmo, requerem conhecimento prévio ou a opinião do aluno.  

ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA O ENSINO MÉDIO, APLICADAS A TEXTOS JORNALÍSTICOS;  Elizete Firak 


terça-feira, 25 de agosto de 2015


O QUE A ESCOLA DEVERIA APRENDER ANTES DE ENSINAR?


Viviane Mosé é poetisafilósofapsicólogapsicanalista e especialista em elaboração e implementação de políticas públicas. Mestre e doutora em filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Postado pelo professor Ezequiel Santos.


Rubem Alves: A Escola ideal e o papel do professor

Rubem Azevedo Alves foi psicanalistaeducadorteólogo e escritor brasileiro; é autor de livros religiosos, educacionais, existenciais e infantis. É considerado um dos maiores pedagogos brasileiros de todos os tempos. Foi professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Postado pelo professor Ezequiel Santos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

PAUTA - ATPC - 25/08/2015- Estudo dos Eixos do Currículo

Início: Entrevista com Guiomar Namo de Melo


1- Eixos de Currículo: Introdução: Códigos e Linguagens.
2- Reunião por disciplina para o estudo do currículo. 


quarta-feira, 19 de agosto de 2015


Vídeo para reflexão em ATPC - 19/08/2015: A Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A neurocientista Sarah J Blakemore mostra como o cérebro dos adolescentes processa as interações sociais. Vale a pena ver.




HORÁRIO IDEAL DE AULA

De acordo com a recomendação de especialistas em sono, um adolescente necessita de pelo menos nove horas de repouso para garantir uma rotina saudável de estudos. Isso significa que, se o sinal de entrada do colégio soa às 7h, a garotada tem de estar contando carneirinho às 21h para acordar às 6h. O problema é que essa rotina mostra-se impraticável na maioria dos lares brasileiros. 


Nos Estados Unidos, um trabalho-piloto do Hasbro Children’s Hospital, de Rhole Island, propôs que uma pequena escola retardasse em meia hora o horário de entrada dos alunos, prorrogando-o das 8h para as 8h30. O resultado confirmou o que os médicos já esperavam: os minutos adicionais de sono garantiram benefícios para o estado de alerta, o humor e a saúde geral dos jovens. 

Considerando a manutenção dos turnos, os especialistas do sono defendem que qualquer atraso no início da aula no período matutino pode ser considerado saudável. "Às vezes, 15 a 30 minutos a mais de descanso matinal já fazem diferença para a saúde da garotada", acredita a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan. 

EM SALA DE AULA, MAS NAS NUVENS...
Além do horário escolar, outro fator parece contribuir bastante para o pensamento voar para as nuvens nas primeiras aulas do dia: os novos brinquedinhos eletrônicos da garotada. Com internet, telefone celular, videogame e a própria TV, os jovens, que já não deveriam deitar depois das 23h, acabam invadindo a madrugada no Twitter, mandando mensagens de texto, navegando na web, teclando com amigos online, disputando jogos virtuais ou simplesmente assistindo a um filme. 

"De segunda a sexta, 65% dos jovens brasileiros dormem apenas seis horas por noite", revela a neurologista Andréa Bacelar, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono. "E os responsáveis por isso não são apenas o horário escolar e as distrações eletrônicas. Muitas vezes os pais chegam tarde e a casa fica acesa até altas horas. Os filhos reproduzem esses hábitos. Paralelamente, o consumo de cafeína cresceu muito entre os jovens, em suas mais variadas formas, como refrigerantes, café, energéticos, pó de guaraná, chocolates e outros alimentos."



IMPORTÂNCIA DO SONO PARA A APRENDIZAGEM



O sono é uma necessidade do nosso organismo caracterizado principalmente quando o cansaço mental é prolongado e as concentrações de cortisona diminuem e as de melatonina acrescem, ocasionando a vontade de dormir. 

Nesse momento o organismo começa a reorganizar seus sistemas para retomar uma nova etapa de atividades. A imunidade é fortalecida, as células são restauradas e a memória é consolidada.

As crianças e os adolescentes necessitam de pelo menos 9 horas diárias de sono, os adultos precisam de aproximadamente 8 horas, mas estudos compravam que a carga horária de sono pode variar de indivíduo para indivíduo.

As crianças que não dormem corretamente podem apresentar sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade, frustração, dificuldade de articular os impulsos e emoções e manter a atenção.
Estudos apontam o sono como uma importante ferramenta para a consolidação do aprendizado, uma vez que permite a perpetuação e memorização de todo o conteúdo que foi aprendido durante o dia.

O processo de aprendizado pode ser compreendido nas seguintes esferas: a primeira durante a prática, a segunda durante as horas iniciais de sono e a terceira e última durante o estágio final do sono, o denominado "o sono dos sonhos".

Quando não dormimos bem, nossa memória fica falha, ficarmos irritadiços e isso acarreta cansaço, dor de cabeça e indisposição. Quando acontece uma brusca redução das horas de sono isso pode suceder à diminuição da produção de insulina e aumentar a de cortisol.
Uma boa noite de sono propicia um maior vigor físico e mental, previne a osteoporose e a flacidez muscular.

Do site
http://posugf.com.br





Olá, professores.

As coordenadoras fazem um curso na internet, no Coursera, sobre técnicas ou ferramentas de aprendizagem, baseadas em estudos neurocientíficos. Segundo os estudiosos, quando nos deparamos com uma tarefa chata, procrastinamos, buscando algo menos desagradável.

Isso acontece porque, quando nos deparamos com algo que preferimos não fazer, ativamos áreas do cérebro associadas à dor (a ínsula). E o cérebro, naturalmente, procura uma maneira de interromper esse estímulo negativo, mudando a nossa atenção para outra coisa. 

Investigadores descobriram que pouco depois de as pessoas começarem a trabalhar naquilo que não gostam, o neurodesconforto desaparece. Então, os estudiosos acreditam que quando procrastinamos:

1- Nós observamos o objeto (a tarefa desagradável);
2-Buscamos uma pista sobre como amenizar o desconforto;
3- Tiramos a atenção daquilo que nos incomoda, sentindo-nos mais felizes, temporariamente. 

O cientista Francesco Cirillo, a partir dessas descobertas, pensou um jeito de a gente encarar a atividade: através da técnica do pomodoro (tomate, em italiano)


Trata-se de um temporizador (parecido com um tomate). Tudo o que precisamos fazer é marcar o temporizador por 25 minutos, desligando tudo o que nos possa interromper, tirar a atenção da tarefinha chata. Todo mundo consegue concentrar-se por vinte e cinco minutos. O mais importante é, depois desse tempo, relaxar com algo que nos possa dar prazer, uma recompensa: uma boa xícara de café, uma visitinha nas redes socias, até mesmo espreguiçar-se por alguns momentos, para, novamente, voltar à tarefa por outros 25 minutos. Saindo do pensamento focado para o difuso (relaxado). 

Segundo os estudiosos, é uma técnica eficaz. E se a gente aplicá-la com os alunos? 

O curso em questão está disponível no Coursera -Learning how to learn,  pela Universidade de San Diego, Califórnia. 


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Olá, professores!  Bom   retorno  às   aulas!

O texto a seguir  aborda uma questão fundamental para a aprendizagem e a saúde. Divulguem.

O cérebro varre toxinas durante o sono

Enquanto você dorme, seu cérebro limpa as toxinas nocivas, um processo que pode reduzir o risco da doença de Alzheimer, dizem os pesquisadores.
Durante o sono, o fluxo de fluido cerebrospinal no cérebro aumenta dramaticamente, lavando proteínas, resíduos nocivos que se acumulam entre as células cerebrais durante as horas de vigília, diz um estudo com ratos.
"É como uma máquina de lavar louça", diz Dr. Maiken Nedergaard, professor de neurocirurgia da Universidade de Rochester e um dos autores do estudo na revista Science.
Os resultados parecem oferecer a melhor explicação de por que ainda animais e as pessoas precisam dormir. Se esta prova for verdadeira para humanos, poderia ajudar a entender uma misteriosa associação entre distúrbios do sono e doenças cerebrais, incluindo a doença de Alzheimer.
Nedergaard e uma equipe de cientistas descobriu o processo de limpeza, enquanto estudava os cérebros de ratos, durante o sono.
Os cientistas notaram que, no sono,  circula o fluido cerebrospinal, através do cérebro e do sistema nervoso;  "o sistema bombeia o fluido para dentro do cérebro e o remove, num ritmo muito rápido," diz Nedergaard.
A equipe descobriu que este aumento do fluxo é possível em parte porque, quando os ratos foram dormir, suas células cerebrais realmente encolheram, tornando mais fácil a circulação do líquido. Quando um animal acordou, as células do cérebro haviam se ampliado novamente e o fluxo entre as células reduzido a gotas. "É quase como abrir e fechar a torneira", diz Nedergaard."
A equipe de Nedergaard, que é financiada pelo Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, já havia mostrado que este fluido estava levando embora produtos residuais que se acumulam nos espaços entre as células cerebrais.
O processo é importante porque o que está sendo eliminado, durante o sono, são proteínas de resíduos que são tóxicas para as células do cérebro, diz Nedergaard. Isto poderia explicar por que não pensamos com clareza depois de uma noite sem dormir e por que uma prolongada falta de sono pode realmente matar um animal ou uma pessoa, diz ela.
Então, por que motivo o cérebro não faz esse tipo de arrumação o tempo todo? Nedergaard acha que é por causa da limpeza que exige muita energia. "Provavelmente não é possível para o cérebro fazer tal varredura e, ao mesmo tempo, estar consciente dos arredores, falar e se mover e assim por diante", diz ela.
O processo de limpeza cérebro tem sido observado em ratos e babuínos, mas ainda não em humanos, diz Nedergaard. Mesmo assim, poderia oferecer uma nova maneira de entender doenças cerebrais humanas, incluindo a doença de Alzheimer. Isso porque um dos resíduos removidos do cérebro durante o sono é o beta-amilóide, a substância que forma placas pegajosas associadas à doença.
"Não é coincidência que a doença de Alzheimer e todas as outras associadas à demência estejam ligadas aos distúrbios do sono", diz Nedergaard.
_______________________________________

Veja o texto na íntegra no link: