Vídeo aborda o emprego de recursos expressivos da linguagem verbal em gêneros textuais veiculados em diferentes meios de comunicação e apresenta alguns fenômenos fonológicos do padrão silábico e sua relação com a representação escrita. O vídeo apresenta a relação entre mídia e comportamento humano. Para a checagem de hipóteses, os alunos podem ser convidados para reflexão sobre o conhecimento prévio das variação linguística a partir da questão: Você acha que existe apenas uma Língua Portuguesa ou podemos encontrar variações?
Para ver o o vídeo acesse a Plataforma Currículo + e digite variação linguística no espaço de busca.
Diante de um obstáculo de aprendizagem, muitos alunos desistem, porque acreditam, ingenuamente, que o conhecimento se caracteriza pela simplicidade e fragmentação; que a aprendizagem se faz rapidamente e as habilidades para aprender são inatas.Com muita frequência, as tarefas relativas à leitura exigem que nos tornemos ao texto mais de uma vez.
Ao confrontar textos, o leitor persegue objetivos. Com base nesses objetivos, coisas diferentes vão acontecer em relação à compreensão . A leitura é uma habilidade que é reconstruída e não uma técnica que se aplica . O aluno deve saber por que ler um texto e não outro. Temos também de recuperar e ampliar os conhecimentos preexistentes necessários para o texto. Identificar o processo de leitura mais adequado é outro aspecto que temos de ter em conta antes de propor uma leitura sob a forma de sala de aula .
ATPC - 01/09/2015
Vídeo: MGME - Estratégias de Leitura
Texto para estudo: ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE COMPREENSÃO LEITORA
(...)
Para I. Solé (1998), as estratégias para a compreensão
leitora “são procedimentos de caráter elevado, que envolvem a presença de
objetivos a serem realizados, o planejamento das ações que se desencadeiam para
atingi-los, assim como sua avaliação e possível mudança” (SOLÉ, p. 69).
Mais adiante, essa autora salienta que no ensino da leitura devem ser
considerados a elaboração e o uso de procedimentos gerais, que possam ser
transferidos, sem maiores dificuldades, para situações de leituras múltiplas e
variadas .
Ela aponta as seguintes estratégias para o leitor utilizar e poder
compreender o que está lendo:
Antes da leitura: estratégias para o leitor se dotar de objetivos de leitura e
atualizar os conhecimentos prévios relevantes;
Durante a leitura: estratégias que permitem o leitor estabelecer inferências,
rever e comprovar sua compreensão enquanto lê e tomar decisões
apropriadas diante de erros ou falhas nessa compreensão;
Depois da leitura: estratégias para o leitor recapitular o conteúdo, a resumi-lo
e a ampliar o conhecimento que obteve quando leu.
ANTES DA LEITURA
Motivação para a leitura:
Não se deve iniciar nenhuma atividade de leitura sem que os alunos sejam
motivados para ela, isto é, sem que lhe atribuam sentido. Assim, eles devem saber o
que fazer, conhecer os objetivos que se pretende alcançar com a leitura, devem
sentir que são capazes de fazê-la.
Objetivos da leitura:
Os objetivos dos leitores com relação a um texto são muito variados, assim
o professor deve considerar no ensino, objetivos gerais, tais como: o Ler para
obter uma informação precisa: é a leitura que se realiza para
encontrar algum dado, como por exemplo, consultar um dicionário ou uma
lista telefônica;
seguir instruções: é a leitura que permite se fazer algo concreto,
como por exemplo, ler a receita de um bolo, um manual de aparelho
eletrônico;
obter uma informação de caráter geral: é a leitura que se faz
quando se quer saber de que trata um texto, saber o que acontece, ver se
interessa continuar lendo;
aprender: é uma leitura com características diferentes das
anteriores, pois quando se lê para estudar, o leitor sente-se mergulhado num
processo de auto-interrogação, de estabelecer relações com o que já sabe,
de fazer recapitulações e sínteses. É comum elaborar resumos e esquemas,
anotar as dúvidas, estratégias essas, que permitem a elaboração de
significados caracterizadores da aprendizagem;
revisar um escrito próprio: é uma leitura crítica, que poderá levar
o aluno a melhorar sua escrita, pois quando se lê o que se escreveu, o autor
revisa a adequação do texto que produziu para transmitir o significado que o
levou a escrevê-lo. Assim, a leitura exerce um papel de controle;
fruição: nessa leitura o que importa é a experiência emocional que
ela despertou. Assim, é importante que o leitor vá elaborando seus critérios
para selecionar os textos que lê, bem como, para avaliá-los e criticá-los;
verificar o que se compreendeu: nesse caso, os alunos devem dar
conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre texto, fazendo
sua recapitulação.
Ativar o conhecimento prévio:
É necessário que o professor verifique constantemente qual o conhecimento
prévio e/ou enciclopédico que os alunos trazem, pois eles condicionam
enormemente a construção do sentido; não se referem apenas aos conceitos dos
alunos, mas também aos seus interesses, expectativas, vivências. Dessa forma, o
professor deve:
1- Dar alguma explicação geral sobre o texto a ser lido, seu tema ou
conteúdo, o tipo textual, para que os alunos possam relacioná-lo às
suas experiências. Ao combinar essas informações com os objetivos
para a leitura, eles possuirão, antes de iniciar a leitura um esquema ou
plano que lhes dirá sobre o que fazer com ela e o que ele sabe ou não
sobre o que vai ler;
2- Ajudar os alunos a prestar atenção a determinados aspectos do texto,
o que poderá ativar seus conhecimentos. Assim, é interessante
comentar sobre os títulos e subtítulos, ilustrações, gráficos,
sublinhados, palavras-chave e expressões como “A ideia fundamental
que se pretende transmitir...”, “um exemplo do que se quer dizer...”, e
outros indicadores;
3- Incentivar os alunos a comentarem o que sabem sobre o tema ou
assunto, substituindo a explanação do professor.
4- Fazer previsões sobre o texto:
O professor deve estimular os alunos a fazer hipóteses e previsões e sua
verificação. Também pode se basear no tipo textual, nos títulos, ilustrações etc., e
nas experiências dos alunos. Pode perguntar, por exemplo, o que pensa que vai
encontrar no texto, de que ele vai tratar e pedir para que veja se as suas previsões
se concretizaram;
5- Incentivar a formulação de perguntas sobre o texto:
Nesse caso, os alunos podem interrogar uns aos outros ou se autointerrogar,
assumindo a responsabilidade sobre seu processo de aprendizagem.
Estarão não somente utilizando o seu conhecimento anterior mas também se
conscientizando sobre o que sabem ou não sabem sobre o assunto do qual o texto
trata. É importante que as perguntas que possam surgir estejam de conformidade
com o objetivo geral da leitura do texto. Por exemplo, quando se trata de um texto
expositivo, sua organização orienta quanto à informação que ele contém e, assim, a
fazer com que as perguntas formuladas antes da leitura afetem seu conteúdo
essencial; mas se se tratar de um texto causa/efeito, as questões se relacionarão
aos fatos ou problemas e aos efeitos que eles causam; e, finalmente, um texto
expositivo-comparativo conduzirá a perguntas sobre as semelhanças e as diferenças
entre fatos ou conceitos nele contidos.
DURANTE A LEITURA
Tarefas de leitura compartilhada:
Nesse caso, professor e alunos revezam-se e trocam seus papéis na
organização da tarefa de leitura. Primeiramente, deve acontecer uma demonstração
do modelo do professor e, em seguida, o assumir progressivo de responsabilidades
de parte dos alunos, em torno de quatro estratégias importantes para uma leitura
eficiente:
1-Formular previsões sobre o texto a ser lido;
2-Formular perguntas sobre o que
foi lido;
3-Esclarecer possíveis dúvidas sobre o texto;
4-Resumir as idéias do texto.
Quando os alunos se acostumarem com esse trabalho, poderão ser organizadas situações de pequenos grupos ou duplas, nos quais cada participante se reveza
para assumir a função de diretor.
A leitura independente:
Além de incentivar a leitura por fruição, todos os professores e não
exclusivamente os de Língua Portuguesa, podem se propor o objetivo de se usar
certas estratégias em tarefas de leitura individual. Pode-se, por exemplo, fornecer
aos alunos materiais preparados para que eles pratiquem por sua própria conta
algumas estratégias já utilizadas nas aulas de leitura. Estes materiais podem se
relacionar a diferentes objetivos de leitura, como por exemplo, se que se propõe é
que os alunos realizem previsões sobre o que estão lendo, podem ser inseridas ao
longo do texto questões que o façam formular hipóteses sobre o que pensa que vai
acontecer na seqüência; se se pretende trabalhar o controle da compreensão, pode-se
dar aos alunos um texto que contenha erros ou incoerências, pedindo que eles as
encontrem, ou então não lhes pedir nada, para ver se as localizam; também pode
ser feito um trabalho através de textos com lacunas, para que os alunos façam
inferências, importando aqui, não a exatidão das palavras ou frases, mas a
coerência da resposta, que constitui a prova de que ocorreu a compreensão.
Os erros e as lacunas da compreensão:
De acordo com Collins e Smith (1980) citados por Solé (1998, p128), esses
problemas se referem à compreensão de palavras, de frases, nas relações entre as
frases e no texto em seus aspectos mais globais. Dessa forma, as lacunas na
compreensão podem advir do fato de não se conhecer algum dos elementos citados
ou ao fato de o significado dado pelo leitor não ser compatível com a construção do
sentido do texto. Igualmente podem existir vários sentidos possíveis para a palavra,
frase ou para um trecho, e, assim, a dificuldade está em se decidir qual o mais
adequado. As dificuldades mais corriqueiras em se considerando o texto em sua
totalidade relacionam-se à impossibilidade de se determinar o tema, de identificar a
mensagem ou à incapacidade de entender por que certos acontecimentos ocorrem.
Estratégias que interrompem bruscamente a leitura, como consultar o dicionário ou
fazer perguntas ao professor só são válidas caso a palavra em questão for absolutamente necessária para a compreensão do texto, pois quando o leitor
interrompe a leitura, ele perde a concentração. Assim, é importante se ensinar
estratégias e também que aquelas que interrompem a leitura só devem ser utilizadas
quando ocorrer uma necessidade real; e, quando uma palavra, frase ou fragmento
não forem importantes para a compreensão, o mais certo a fazer é aconselhar o
aluno a ignorá-la e continuar a ler. Isso dá resultado e é um procedimento muito
utilizado por leitores proficientes, que realizam uma leitura rápida e eficaz. Porém,
pode não funcionar, então é preciso recorrer a consultas (ao dicionário, aos colegas
ou ao professor).
DEPOIS DA LEITURA
1- A ideia principal:Informa sobre o enunciado ou enunciados mais importantes de que o autor
se utiliza para explicar o tema, aquilo do que trata um texto e pode expressar
perante uma palavra ou uma expressão. Ela pode estar evidente no texto e surgir
em qualquer ponto dele ou pode estar implícita; pode estar construída em uma frase
ou mais e fornece maior informação. Para localizá-la, basta responder à seguinte
pergunta: qual é a ideia mais importante que o escritor quer explicitar com referência
ao tema?
2- O resumo:
A elaboração de resumos é uma das estratégias necessárias para se
chegar ao tema de um texto, para identificar a ideia principal e as ideias
secundárias. Assim, é fundamental que os alunos compreendam por que precisam
fazer resumos, que vejam resumos prontos, que o façam conjuntamente com o
professor e que utilizem essa estratégia de maneira independente. O resumo é uma
ferramenta ótima para se saber o que aprendeu e o que falta aprender; ele é uma
genuína estratégia para a aquisição do conhecimento.
3- Formular e responder a perguntas: É um procedimento muito utilizados nas salas de aula, depois da leitura, e,
em geral, consta também nos livros didáticos. Além de aparecer como uma atividade
de ensino, é muito comum ser utilizada para a avaliação da compreensão. É
importante elucidar, segundo Solé, que:
ensinar a formular e a responder perguntas sobre um texto é uma
estratégia essencial para uma leitura ativa, pois o leitor capaz de formular
perguntas pertinentes sobre o texto está mais capacitado para regular seu
processo de leitura e, portanto, poderá torná-lo mais eficaz. (SOLÉ, 1998,
p.155).
De acordo, ainda, com a autora (Solé, 1998, p.156) que se fundamentou
nos trabalhos de Pearson e Johnson (1978), as perguntas podem ser:
1-Perguntas de resposta literal, que se encontram diretamente no texto;
2-Perguntas cuja resposta pode ser depreendida, mas que requer que o aluno
relacione diversos elementos do texto e que faça alguma inferência;
3-Perguntas pessoais, que tomam o texto como referencial, mas cuja resposta
não pode ser inferida do mesmo, requerem conhecimento prévio ou a opinião
do aluno.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA O ENSINO MÉDIO, APLICADAS A TEXTOS
JORNALÍSTICOS; Elizete Firak
terça-feira, 25 de agosto de 2015
O QUE A ESCOLA DEVERIA APRENDER ANTES DE ENSINAR?
Viviane Moséé poetisa, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração e implementação de políticas públicas. Mestre e doutora em filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Postado pelo professor Ezequiel Santos.
Rubem Alves: A Escola ideal e o papel do professor
Rubem Azevedo Alves foi psicanalista, educador, teólogo e escritorbrasileiro; é autor de livros religiosos, educacionais, existenciais e infantis. É
considerado um dos maiores pedagogosbrasileiros de
todos os tempos. Foi professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Postado pelo professor Ezequiel Santos.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
PAUTA - ATPC - 25/08/2015- Estudo dos Eixos do Currículo
Início: Entrevista com Guiomar Namo de Melo
1- Eixos de Currículo: Introdução: Códigos e Linguagens.
2- Reunião por disciplina para o estudo do currículo.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Vídeo para reflexão em ATPC - 19/08/2015: A Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
REUNIÃO PEDAGÓGICA - 12/08/2015
ESTUDOS DO TEXTO EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DO QUE ESTAMOS FALANDO?
A neurocientista Sarah J Blakemore mostra como o cérebro dos adolescentes processa as interações sociais. Vale a pena ver.
HORÁRIO IDEAL DE AULA
De acordo com a recomendação de especialistas em sono, um adolescente necessita de pelo menos nove horas de repouso para garantir uma rotina saudável de estudos. Isso significa que, se o sinal de entrada do colégio soa às 7h, a garotada tem de estar contando carneirinho às 21h para acordar às 6h. O problema é que essa rotina mostra-se impraticável na maioria dos lares brasileiros.
Nos Estados Unidos, um trabalho-piloto do Hasbro Childrens Hospital, de Rhole Island, propôs que uma pequena escola retardasse em meia hora o horário de entrada dos alunos, prorrogando-o das 8h para as 8h30. O resultado confirmou o que os médicos já esperavam: os minutos adicionais de sono garantiram benefícios para o estado de alerta, o humor e a saúde geral dos jovens.
Considerando a manutenção dos turnos, os especialistas do sono defendem que qualquer atraso no início da aula no período matutino pode ser considerado saudável. "Às vezes, 15 a 30 minutos a mais de descanso matinal já fazem diferença para a saúde da garotada", acredita a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan.
EM SALA DE AULA, MAS NAS NUVENS... Além do horário escolar, outro fator parece contribuir bastante para o pensamento voar para as nuvens nas primeiras aulas do dia: os novos brinquedinhos eletrônicos da garotada. Com internet, telefone celular, videogame e a própria TV, os jovens, que já não deveriam deitar depois das 23h, acabam invadindo a madrugada no Twitter, mandando mensagens de texto, navegando na web, teclando com amigos online, disputando jogos virtuais ou simplesmente assistindo a um filme.
"De segunda a sexta, 65% dos jovens brasileiros dormem apenas seis horas por noite", revela a neurologista Andréa Bacelar, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono. "E os responsáveis por isso não são apenas o horário escolar e as distrações eletrônicas. Muitas vezes os pais chegam tarde e a casa fica acesa até altas horas. Os filhos reproduzem esses hábitos. Paralelamente, o consumo de cafeína cresceu muito entre os jovens, em suas mais variadas formas, como refrigerantes, café, energéticos, pó de guaraná, chocolates e outros alimentos."
O sono é uma necessidade do nosso organismo caracterizado principalmente quando o cansaço mental é prolongado e as concentrações de cortisona diminuem e as de melatonina acrescem, ocasionando a vontade de dormir.
Nesse momento o organismo começa a reorganizar seus sistemas para retomar uma nova etapa de atividades. A imunidade é fortalecida, as células são restauradas e a memória é consolidada.
As crianças e os adolescentes necessitam de pelo menos 9 horas diárias de sono, os adultos precisam de aproximadamente 8 horas, mas estudos compravam que a carga horária de sono pode variar de indivíduo para indivíduo.
As crianças que não dormem corretamente podem apresentar sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade, frustração, dificuldade de articular os impulsos e emoções e manter a atenção. Estudos apontam o sono como uma importante ferramenta para a consolidação do aprendizado, uma vez que permite a perpetuação e memorização de todo o conteúdo que foi aprendido durante o dia.
O processo de aprendizado pode ser compreendido nas seguintes esferas: a primeira durante a prática, a segunda durante as horas iniciais de sono e a terceira e última durante o estágio final do sono, o denominado "o sono dos sonhos".
Quando não dormimos bem, nossa memória fica falha, ficarmos irritadiços e isso acarreta cansaço, dor de cabeça e indisposição. Quando acontece uma brusca redução das horas de sono isso pode suceder à diminuição da produção de insulina e aumentar a de cortisol. Uma boa noite de sono propicia um maior vigor físico e mental, previne a osteoporose e a flacidez muscular. Do site http://posugf.com.br
Olá, professores.
As coordenadoras fazem um curso na internet, no Coursera, sobre técnicas ou ferramentas de aprendizagem, baseadas em estudos neurocientíficos. Segundo os estudiosos, quando nos deparamos com uma tarefa chata, procrastinamos, buscando algo menos desagradável.
Isso acontece porque, quando nos deparamos com algo que preferimos não fazer, ativamos áreas do cérebro associadas à dor (a ínsula). E o cérebro, naturalmente, procura uma maneira de interromper esse estímulo negativo, mudando a nossa atenção para outra coisa.
Investigadores descobriram que pouco depois de as pessoas começarem a trabalhar naquilo que não gostam, o neurodesconforto desaparece. Então, os estudiosos acreditam que quando procrastinamos:
1- Nós observamos o objeto (a tarefa desagradável);
2-Buscamos uma pista sobre como amenizar o desconforto;
3- Tiramos a atenção daquilo que nos incomoda, sentindo-nos mais felizes, temporariamente.
O cientista Francesco Cirillo, a partir dessas descobertas, pensou um jeito de a gente encarar a atividade: através da técnica do pomodoro (tomate, em italiano)
Trata-se de um temporizador (parecido com um tomate). Tudo o que precisamos fazer é marcar o temporizador por 25 minutos, desligando tudo o que nos possa interromper, tirar a atenção da tarefinha chata. Todo mundo consegue concentrar-se por vinte e cinco minutos. O mais importante é, depois desse tempo, relaxar com algo que nos possa dar prazer, uma recompensa: uma boa xícara de café, uma visitinha nas redes socias, até mesmo espreguiçar-se por alguns momentos, para, novamente, voltar à tarefa por outros 25 minutos. Saindo do pensamento focado para o difuso (relaxado).
Segundo os estudiosos, é uma técnica eficaz. E se a gente aplicá-la com os alunos?
O curso em questão está disponível no Coursera -Learning how to learn, pela Universidade de San Diego, Califórnia.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Olá, professores! Bom retorno às aulas!
O texto a
seguir aborda uma questão fundamental
para a aprendizagem e a saúde. Divulguem.
O cérebro varre
toxinas durante o sono
Enquanto você dorme, seu cérebro limpa
as toxinas nocivas, um processo que pode reduzir o risco da doença de
Alzheimer, dizem os pesquisadores.
Durante o sono, o fluxo de fluido
cerebrospinal no cérebro aumenta dramaticamente, lavando proteínas, resíduos
nocivos que se acumulam entre as células cerebrais durante as horas de vigília,
diz um estudo com ratos.
"É como uma máquina de lavar
louça", diz Dr. Maiken Nedergaard, professor de neurocirurgia da
Universidade de Rochester e um dos autores do estudo na revista Science.
Os resultados parecem oferecer a
melhor explicação de por que ainda animais e as pessoas precisam dormir. Se esta
prova for verdadeira para humanos, poderia ajudar a entender uma misteriosa
associação entre distúrbios do sono e doenças cerebrais, incluindo a doença de
Alzheimer.
Nedergaard e uma equipe de cientistas
descobriu o processo de limpeza, enquanto estudava os cérebros de ratos,
durante o sono.
Os cientistas notaram que, no sono, circula o fluido cerebrospinal, através do
cérebro e do sistema nervoso; "o
sistema bombeia o fluido para dentro do cérebro e o remove, num ritmo muito
rápido," diz Nedergaard.
A equipe descobriu que este aumento
do fluxo é possível em parte porque, quando os ratos foram dormir, suas
células cerebrais realmente encolheram, tornando mais fácil a circulação do
líquido. Quando um animal acordou, as células do cérebro haviam se ampliado
novamente e o fluxo entre as células reduzido a gotas. "É quase como abrir
e fechar a torneira", diz Nedergaard."
A equipe de Nedergaard, que é
financiada pelo Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, já
havia mostrado que este fluido estava levando embora produtos residuais que se
acumulam nos espaços entre as células cerebrais.
O processo é importante porque o que
está sendo eliminado, durante o sono, são proteínas de resíduos que são tóxicas para as células do cérebro, diz Nedergaard. Isto poderia explicar por que não
pensamos com clareza depois de uma noite sem dormir e por que uma prolongada
falta de sono pode realmente matar um animal ou uma pessoa, diz ela.
Então, por que motivo o cérebro não faz esse
tipo de arrumação o tempo todo? Nedergaard acha que é por causa da limpeza que exige muita energia. "Provavelmente não é possível para o cérebro fazer
tal varredura e, ao mesmo tempo, estar consciente dos arredores, falar e se
mover e assim por diante", diz ela.
O processo de limpeza cérebro tem
sido observado em ratos e babuínos, mas ainda não em humanos, diz Nedergaard.
Mesmo assim, poderia oferecer uma nova maneira de entender doenças cerebrais
humanas, incluindo a doença de Alzheimer. Isso porque um dos resíduos removidos
do cérebro durante o sono é o beta-amilóide, a substância que forma placas
pegajosas associadas à doença.
"Não é coincidência que a doença
de Alzheimer e todas as outras associadas à demência estejam ligadas aos
distúrbios do sono", diz Nedergaard.