Olá, professores. Aqui, um texto para reflexão. Também uma dica para
suas pesquisas.
Leia-o, na íntegra, em http://redie.uabc.mx/index.php/redie/article/view/105/1121
A inteligência emocional e sua influência sobre a qualidade das
relações interpessoais
(...) Pessoas emocionalmente inteligentes não só serão mais capazes de perceber, entender e gerenciar suas próprias emoções, como também mais capazes de extrapolar suas habilidades de percepção, compreensão e gestão das emoções dos outros. Esta teoria fornece um novo quadro para investigar o ajuste social e emocional posto que a inteligência emocional desempenharia um papel fundamental no estabelecimento, manutenção e qualidade das relações interpessoais.
Os estudos nessa linha tem como base o pressuposto de que um aluno com alta IE tem uma percepção e compreensão das emoções e habilidades pessoais dos outros mais acentuados e uma melhor regulamentação dos mesmos. Além disso, habilidades interpessoais são um dos componentes da vida social que ajudam as pessoas a interagir e obter benefícios mútuos. Ou seja, as habilidades sociais tendem a ser recíprocas; os indivíduos que as desenvolvem adequadamente com outras habilidades são mais propensos a obter boa consideração e um bom relacionamento/negociação com outras partes, sem esquecer que o apoio social, ajuda a regular o impacto negativo do estresse diário.
Alguns estudos anglo-saxões encontraram evidências entre IE e as relações interpessoais. Por exemplo, auto-relatos mostram relações positivas entre maior IE e melhor qualidade das relações sociais (Schutte, Malouff, Bobik et al., 2001). Na mesma linha, Mayer, Caruso e Salovey (1999) descobriram que os estudantes universitários com a maior pontuação no IE também tiveram escores mais altos em empatia. Outros estudos, feitos em um estágio anterior, por exemplo, apontam que alunos do ensino fundamental foram avaliados pelos seus pares como menos agressivos e seus professores consideraram-nos mais propensos a comportamentos pró-sociais que os alunos com baixos escores em IE (Rubin, 1999).
Em um estudo realizado nos EUA por Lopes, Salovey e Straus (2003), encontraram-se evidências sobre a relação entre IE e a qualidade das relações sociais. Estudantes com alta pontuação no IE estavam mais satisfeitos em suas relações com os seus amigos e apresentavam mais interações positivas; percebiam maior apoio dos pais e relataram menos conflitos com seus amigos mais próximos, mesmo quando as variáveis de personalidade e inteligência foram controladas. (...) os amigos dos alunos avaliados também participaram dos testes e relataram uma interação positiva com aqueles que pontuaram mais alto na escala do IE (relacionada à gestão emocional); disseram que suas relações de amizade com eles eram caracterizadas por um maior apoio emocional, mais interações positivas (...).
Em outros estudos realizados na Austrália, com adolescentes entre 13 e 15 anos, foram encontrados resultados muito semelhantes e interessantes. Ciarrochi, Chan e Bajgar, (2001) descobriram que as mulheres apresentaram escores mais elevados do que os homens em IE; que os adolescentes com alta IE eram mais capazes de estabelecer e manter relacionamentos, tinham mais amigos ou maior quantidade de apoio social, sentiam-se mais satisfeitos com as relações estabelecidas na rede social, tinham mais habilidades para identificar expressões emocionais e comportamentos mais adaptativos para melhorar as suas emoções negativas, quando os efeitos de outras variáveis psicológicas, tais como a autoestima ou ansiedade foram controladas.
Tradução Livre
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