terça-feira, 23 de junho de 2015

Olá, professores. Aqui, um texto para reflexão. Também uma dica para suas pesquisas.


A inteligência emocional e sua influência sobre a qualidade das relações interpessoais

(...) Pessoas emocionalmente inteligentes não só serão mais capazes de perceber, entender e gerenciar suas próprias emoções, como também mais capazes de extrapolar suas habilidades de percepção, compreensão e gestão das emoções dos outros. Esta teoria fornece um novo quadro para investigar o ajuste social e emocional posto que a inteligência emocional desempenharia um  papel fundamental no estabelecimento, manutenção e qualidade das relações interpessoais.

Os estudos nessa linha tem como base o pressuposto de que um aluno com alta IE tem uma percepção e compreensão das emoções e habilidades pessoais dos outros mais acentuados e uma melhor regulamentação dos mesmos. Além disso, habilidades interpessoais são um dos componentes da vida social que ajudam as pessoas a interagir e obter benefícios mútuos. Ou seja, as habilidades sociais tendem a ser recíprocas; os indivíduos que as desenvolvem adequadamente com outras habilidades são mais propensos a obter boa consideração e um bom relacionamento/negociação com outras partes, sem esquecer que o apoio social, ajuda a regular o impacto negativo do estresse diário.

Alguns estudos anglo-saxões encontraram evidências entre IE e as relações interpessoais. Por exemplo, auto-relatos mostram relações positivas entre maior IE e melhor qualidade das relações sociais (Schutte, Malouff, Bobik et al., 2001). Na mesma linha, Mayer, Caruso e Salovey (1999) descobriram que os estudantes universitários com a maior pontuação no IE também tiveram escores mais altos em empatia. Outros estudos, feitos em um estágio anterior, por exemplo, apontam que alunos do ensino fundamental foram avaliados pelos seus pares como menos agressivos e seus professores consideraram-nos mais propensos a comportamentos pró-sociais que os alunos com baixos escores em IE (Rubin, 1999).

Em um estudo realizado nos EUA por Lopes, Salovey e Straus (2003), encontraram-se evidências sobre a relação entre IE e a qualidade das relações sociais. Estudantes com alta pontuação no IE estavam mais satisfeitos em suas relações com os seus amigos e apresentavam mais interações positivas; percebiam maior apoio dos pais e relataram menos conflitos com seus amigos mais próximos, mesmo quando as variáveis ​​de personalidade e inteligência foram controladas. (...) os amigos dos alunos avaliados também participaram dos testes e relataram uma interação positiva com aqueles que pontuaram mais alto na escala do IE (relacionada à gestão emocional); disseram que suas relações de amizade com eles eram caracterizadas por um maior apoio emocional, mais interações positivas (...).

Em outros estudos realizados na Austrália, com adolescentes entre 13 e 15 anos, foram encontrados resultados muito semelhantes e interessantes. Ciarrochi, Chan e Bajgar, (2001) descobriram que as mulheres apresentaram escores mais elevados do que os homens em IE; que os adolescentes com alta IE eram mais capazes de estabelecer e manter relacionamentos, tinham mais amigos ou maior quantidade de apoio social, sentiam-se mais satisfeitos com as relações estabelecidas na rede social, tinham mais habilidades para identificar expressões emocionais e comportamentos mais adaptativos para melhorar as suas emoções negativas, quando os efeitos de outras variáveis ​​psicológicas, tais como a autoestima ou ansiedade foram controladas.


Tradução Livre

quarta-feira, 10 de junho de 2015

         INDICAÇÃO DE LEITURA      


O PODER DOS QUIETOS

O poder dos quietos, da americana Susan Cain, lançado no Brasil pela Editora Agir, mostra que a introversão é ingrediente fundamental para a criatividade e a inovação. Embasada por estudos científicos, além de ter realizado um extenso trabalho de pesquisa, a autora afirma que nossa sociedade vem transformando escolas e escritórios em instituições dedicadas a extrovertidos — arquétipo que tem se revelado um grande desperdício de talento, energia e felicidade.

O sistema de valores contemporâneo segue a crença de que todos precisariam se sentir confortáveis sob a luz dos holofotes. A introversão vem sendo encarada como um traço de personalidade de segunda classe, praticamente como uma patologia. O que o leitor descobre em O poder dos quietos é que está cometendo um erro grave ao abraçar esse ideal. Algumas das maiores ideias humanas — da teoria da evolução aos girassóis de Van Gogh e os computadores pessoais — vieram de pessoas quietas que sabiam como se comunicar com seus universos interiores. Sem os introvertidos não haveria a teoria da relatividade, os noturnos de Chopin, o Google.
O temperamento extrovertido é atraente, mas, segundo Susan, foi transformado em um padrão opressivo que muitos, mesmo contra sua própria essência, se acham obrigados a adotar. Tal ponto de vista surge fundamentado pelas mais recentes pesquisas nas áreas da psicologia e da neurociência, que têm apresentado ideias iluminadoras: os introvertidos, por exemplo, sentem-se confortáveis com menos estímulo, como quando resolvem palavras cruzadas ou leem um livro; já os extrovertidos gostam da vibração extra de atividades como conhecer pessoas novas e esquiar em montanhas perigosas.
Especialistas afirmam também que os dois tipos trabalham de maneiras diferentes. Os extrovertidos tendem a terminar tarefas em pouco tempo, tomando decisões rápidas, enquanto os introvertidos costumam atuar de forma mais lenta e ponderada, focando-se em uma tarefa de cada vez. “Pessoas introvertidas são pensadores atentos e reflexivos, capazes de tolerar a solidão que a produção de ideias requer. A implementação dessas boas ideias, por sua vez, implica em cooperação, e introvertidos são mais propensos a preferir ambientes cooperativos, enquanto os extrovertidos costumam favorecer a competição”, afirma a autora.
Na primeira parte do livro, Susan trata justamente do “Ideal da Extroversão”, abordando o poder do trabalho solitário e o mito da liderança carismática. A questão do que chamamos de “temperamento” surge como ponto central do módulo seguinte, que, mostrando que introvertidos e extrovertidos pensam e processam dopamina de maneiras distintas, envolve biologia e estudos de personalidade. Já na parte três o assunto recebe um olhar cultural em um debate que envolve amor, trabalho e educação – sempre por meio de uma acurada e delicada observação do dia a dia.
O livro esclarece ainda algumas dúvidas comuns, mostrando que um introvertido não é necessariamente um eremita ou um misantropo. Nem mesmo a palavra “timidez” pode ser tida como um sinônimo de “introversão”: esta é o medo da desaprovação social e da humilhação, enquanto aquela é a preferência por ambientes onde não predominam os estímulos externos. Ao contrario da introversão, a timidez é inerentemente dolorosa.
Assim com acontece com outros opostos complementares (masculinidade e feminilidade, Ocidente e Oriente, liberais e conservadores), a humanidade seria irreconhecível sem a divisão entre introvertidos e extrovertidos. Poetas e filósofos têm pensando sobre o assunto desde o início dos tempos, sendo que os dois tipos aparecem na Bíblia e em escritos da antiguidade clássica. O poder dos quietos, assim, leva o leitor a se aprofundar no comportamento humano e mudar a maneira pela qual enxerga a si mesmo.
AUTORA: Susan Cain:  Antes de se tornar escritora, atuou por sete anos na área de direitoDepois trabalhou como consultora de negócios treinando as pessoas sobre a melhor maneira de investir suas finanças. Estudou na Universidade de Princeton e se especializou em direito na Universidade de Harvard.
Vejam o Vídeo:

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Projeto Político Pedagógico

Olá, professores, segue texto do PPP, para discussão e revisão. Mandem seus comentários, que retomaremos, nos próximos encontros pedagógicos. Ok?

A coordenação

   II – LINHAS BÁSICAS DO PROJETO PEDAGÓGICO

“Basicamente, o projeto pedagógico é o referencial através do qual a escola passa a balizar ações, sem , contudo, limitar-se a uma série  de normas inflexíveis, mas constituindo-se , sobretudo , em uma nova origem sobre o ato de educar. A filosofia do estímulo substituiu o velho caráter de  imposição” (Carlos Roberto Jamil Cury)

Tomando como princípio este pensamento, a Equipe Escolar desta Escola  construiu a sua Proposta Pedagógica  sem perder de vista a filosofia educacional e as questões técnico-pedagógicas.
“A liberdade de agir sobre o mundo e de construir o real é o objetivo do processo educativo.                   Jean Piaget
       
Assim , o ensino  é ministrado com base nos  princípios liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber ; pluralismo de ideais e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; garantia de padrão de qualidade; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

E, ainda, proporcionar ao educando, por meio do processo educativo, a compreensão do mundo em sua dimensão real, social e histórica, atentando para que os conhecimentos construídos no ambiente escolar possibilitem o acesso/construção de novas aprendizagens; favorecer o desenvolvimento de competências que capacitem os jovens a se expressarem crítica e criativamente nas diversas formas de linguagem; propiciar, por intermédio das ações pedagógicas, possibilidades para que o aluno  construa a sua autonomia moral e intelectual, como cidadão crítico participativo, pautando-se pelos valores da responsabilidade e capacidade de interferir para transformar a sociedade em que vive; e , ainda , valendo-se de diferentes formas de educação, trabalho, ciência e tecnologia, provocar o desenvolvimento de aptidões para a vida social e inserção/manutenção da presença no mundo do trabalho. Valorizar o mérito e cada indivíduo e o desenvolvimento de seus conhecimentos e valores.

Após reafirmar os princípios e objetivos da escola, foram avaliadas todas as dimensões da gestão escolar, ficando constatado  a necessidade de intensificar  e especificar  trabalhos de melhoria em todos os setores e garantir assim nossos propósitos.

Quanto a gestão de resultados educacionais,  a escola deverá implementar o seu projeto político pedagógico quanto à necessidade de formação integral dos alunos dentro de um espaço prazeroso, significativo e saudável,  melhorando os índices de aprovação e permanência na escola. A necessidade de enfatizar junto aos pais a importância da participação da família na vida escolar de seus filhos, pois desta forma é possível alcançar melhorias nos resultados das ações educativas a serem desenvolvidas pela escola.

Destacamos, na gestão participativa, participação dos colegiados de forma mais efetiva garantindo a construção de uma gestão democrática que contribua efetivamente na formação dos alunos. Eles representam a comunidade escolar e local e podem, juntamente com a gestão escolar, definir caminhos para tomar deliberação, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das finalidades da escola.

A busca de parcerias oportunizará aos alunos possibilidades de desenvolver competências necessárias à compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos e na adaptação do aluno às novas formas de organização de trabalho e experiências interativas, ampliando e aprofundando o conhecimento escolar, instrumentalizando para o exercício de uma vida cidadã e produtiva.

Quanto à gestão pedagógica, há necessidade de promover a integração e articulação dos conhecimentos em processo permanente de interdisciplinaridade e contextualização, para o e desenvolvimento de competências. Preparando os jovens para participar desta sociedade complexa, que requer aprendizagem autônoma e contínua ao longo da vida.

Respeitando o nível de aprendizagem de cada aluno, investir na avaliação inclusiva, para o sucesso da escola e do aluno, pois é através dela que vamos criar novos instrumentos de trabalho. A avaliação da aprendizagem é um recurso útil e necessário para auxiliar a escola na busca do melhor para  os alunos e educadores

Segundo Lukesi :    

“A avaliação só nos propiciará condições
para obtenção de uma melhor
qualidade de vida se estiver assentada
sobre a disposição para acolher, pois é
a partir daí que podemos construir
qualquer coisa que seja.”

Fica destacado o trabalho de avaliação da instituição pela comunidade, na gestão educacional, com o aprimoramento das metas e objetivos traçados pela escola, atendendo, assim, os anseios da comunidade/sociedade e garantindo a formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel no mundo.

O trabalho de gestão de pessoas dentro da escola é fundamental no dia a dia da escola, pois o relacionamento ético e solidário entre os integrantes da escola, bem como, a auto-estima elevada favorece e interfere positivamente na qualidade e no sucesso de todos.

Na gestão de serviços de apoio e recursos físicos e financeiros, ressalta-se o módulo deficitário de funcionários. O recurso repassado pela FDE não é suficiente para suprir  este déficit. Em função disso, buscar ações que favoreçam a conservação, manutenção e preservação do patrimônio escolar é necessidade da escola.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Bibliografia: Prova Mérito

PARTE COMUM A TODOS PROFISSIONAIS


I - LIVROS E ARTIGOS


1. AQUINO, Júlio Groppa (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 8. ed., São Paulo: Summus, 1996. Capítulo 3: “A desordem na relação professor-aluno: indisciplina, moralidade e conhecimento”, de AQUINO, Júlio Groppa; Capítulo 5: “Indisciplina e violência: a ambiguidade dos conflitos na escola”, de GUIMARÃES, Áurea Maria e Capítulo 10: “A indisciplina como matéria do trabalho ético e político”, de FRANÇA Sônia A. Moreira; 

2. CARVALHO, Rosita Edler. “Educação Inclusiva: do que estamos falando?” In: Revista Educação Especial, número 26, 2005 – p. 1-7. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, Brasil.



3. CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 14. ed., São Paulo, Cortez, 2011. 


4. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. 


5. GATTI, Bernadete Angelina; BARRETO, Elba de Sá; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo de Afonso. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: UNESCO, 2001. 


6. LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e OLIVEIRA, Marta Kohl de.  Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 24. ed. São Paulo: Summus, 1992.


7. LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira e TOSCHI, Mirza Seabra.Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10ª. Ed., São Paulo: Cortez, 2012. Introdução.


8. MORIN, Edgar. Os sete saberes  necessários à educação do futuro. UNESCO/Cortez Editora, cap. III e IV, p. 47-78, e cp. VI, 93-104, 2000.



9. RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética e competência. 20. ed., São Paulo: Cortez, 2011.


10. SAVIANI, Dermeval. Histórias das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas; Autores 
Associados, 2010. 




SIMULADO - PROVA MÉRITO

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. MEC/SEESP (2008)

Retirado do blog Simbora Estudar

01. (VUNESP/2014) O corpo docente de uma determinada escola da rede pública de ensino fundamental, após realizar uma avaliação para detectar as necessidades da escola, concluiu que seria importante estudar as questões relacionadas à educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. Para isso, escolheram como apoio teórico o documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP, 2008) e o texto Educação Inclusiva: do que estamos falando?, de Rosita Edler Carvalho. Graças às contribuições dos dois textos, o corpo docente pôde, acertadamente, chegar à conclusão de que

(A) a educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades, e são disponibilizados serviços e recursos aos alunos e seus professores para sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.

(B) os educadores brasileiros estão de acordo quanto à forma de levar o sistema gestor de políticas educacionais e as escolas a assumirem a orientação inclusiva.

(C) a educação especial, organizada de forma paralela à educação comum, é mais apropriada do que a oferecida pela escola regular, quando se trata da aprendizagem dos alunos com necessidades especiais.

(D) a atual LDBEN – Lei n.º 9.394/96, no artigo 59, não assegura a terminalidade específica àqueles educandos com necessidades especiais que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental.

(E) o atendimento educacional especializado deve, ao longo de todo processo de escolarização, estar
consubstanciado em proposta independente da proposta pedagógica do ensino comum.

02. (VUNESP/2014) Os docentes da EEEFM “Olavo Bilac”, em horário de trabalho pedagógico, discutiram alguns conceitos e prescrições legais relativos ao atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação, no campo acadêmico, conforme a Política Nacional de Educação Especial (2008), a Resolução SE n.º 11/2008 (alterada pela Resolução SE n.º 31/2008) e a Resolução SE n.º 81/2012.
Com a leitura e os debates, chegaram à compreensão dos conceitos e preceitos legais constantes dos documentos citados, os quais explicitam que os alunos com altas habilidades/superdotação, no campo acadêmico,

(A) têm a possibilidade de matrícula em ano mais avançado, com aceleração/avanço de estudos compatível com seu desempenho escolar, independentemente de sua maturidade socioemocional, não podendo o avanço ultrapassar, em qualquer caso, 1(um) ano da sua idade ou do ano do segmento de ensino em que se encontrem matriculados.

(B) devem ser matriculados em classes comuns e realizar as mesmas tarefas acadêmicas que os demais alunos, devendo desenvolver atividades lúdicas, quando sentirem desinteresse pelas aulas. Se o desinteresse persistir, eles terão novas atividades no contraturno das aulas regulares para seu melhor atendimento e realização de seu potencial.

(C) são dotados de facilidade de aprendizagem, dominando rapidamente conceitos, procedimentos e habilidades. Por isso, devem ser matriculados em classes comuns e não podem ser denominados portadores de necessidades especiais, nem atendidos pela Educação Especial, entretanto, podem usufruir do processo de aceleração, nos termos legais.

(D) devem ser atendidos pela Educação Especial e matriculados em classes comuns, assegurando-lhes, após avaliação de rendimento e de maturidade, trabalho escolar adequado à especificidade de suas necessidades educacionais e com possibilidade de aceleração/avanço de estudos, que ultrapasse até dois anos da sua idade.

(E) podem ser atendidos pela Educação Especial, sempre articulada às atividades da classe comum em que estão matriculados, mas sem a possibilidade de aceleração/avanço que assegura matrícula em ano mais adiantado em cuja turma os alunos têm idade superior à sua, pois isso ocasionaria prejuízos por desajustes emocionais.

03. (VUNESP/2014) Há  três  anos,  Teresa  deu  à  luz  uma  menina  com  deficiência  física.  Para aprender  a  lidar  com esse  desafio, ela    e  o  marido  buscaram  suporte  em  uma  associação de pais de crianças portadoras de deficiências, onde tomaram  conhecimento  do  documento  Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – MEC, 2008, e ficaram sabendo que, em nosso país, o cuidado com o atendimento educacional voltado às pessoas com deficiência teve início

(A) já na época do Império, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, e do Instituto dos Surdos Mudos, em 1857.

(B) em 1973, com a criação do Centro Nacional de Educação Especial – CENESP (MEC).

(C) com  a  Constituição  Federal  de  1988,  que define a educação como um direito de todos (art. 205).

(D) em 1994, com a publicação  do documento Política Nacional de Educação Especial.

(E) quando,  em  2006,  o  Brasil  tornou-se  signatário da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

04. (VUNESP/2013) A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa antiga organização era fundamentada no conceito de

(A) inclusão/exclusão.
(B) infradotação/superdotação.
(C) normalidade/anormalidade.
(D) integração/marginalização.
(E) agregação/segregação.

05. (VUNESP/2013) Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e em outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial

(A) é realizada em centros especiais de educação, implantados com o intuito de proporcionar uma educação paralela de qualidade para todos.
(B) atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.
(C) organiza-se de forma paralela à educação comum por ser mais apropriada à aprendizagem dos alunos que apresentam deficiência e problemas de aprendizagem.
(D) resulta em práticas exclusivas que enfatizam os aspectos relacionados à deficiência, em contraposição à dimensão pedagógica.
(E) exige a atuação pedagógica voltada para a situação de exclusão e enfatiza a importância de ambientes homogêneos que promovam a aprendizagem de todos os alunos.

06. (VUNESP/2012) A educação especial era fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, organizou-se tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, levando à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade,

(A) contribuía efetivamente com o papel da escola para desenvolver os valores essenciais ao convívio humano e, ao mesmo tempo, proporcionava oportunidades que permitissem a inclusão de todos os alunos com deficiência no mundo da cultura, da ciência, da arte e do trabalho.

(B) pressupunha que a educação devia ser ministrada com base nos princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência da pessoa com deficiência, na escola, nos princípios de liberdade para aprender, no pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e nos ideais de solidariedade humana.

(C) favorecia o atendimento educacional especializado, respeitadas as singularidades de aprendizagem, ao aluno com deficiência, seu preparo para a prática escolar, o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

(D) determinava formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que definiam, por meio de diagnósticos, as práticas escolares para os alunos com deficiência.

(E) garantia a elaboração de um currículo escolar funcional que valorizasse a ação do aluno, deslocando o papel do professor para que este se tornasse o agente de mobilização da capacidade intelectual de quem aprende.

07. (VUNESP/2012) O documento Política Nacional de Educação Especial, publicado em 1994, orientava o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que (...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais. Ao reafirmar os pressupostos construídos a partir de padrões homogêneos de participação e aprendizagem, essa política

(A) garantia ao aluno com deficiência uma formação no direito da igualdade, possibilitando desenvolver a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos, saberes, habilidades e informações.

(B) previa ações conjuntas de diferentes parcerias e convênios com ONGS, instituições governamentais e não governamentais, visando a políticas comuns que atendessem a todos.

(C) deixava de provocar uma reformulação das práticas educacionais de maneira que fossem valorizados os diferentes potenciais de aprendizagem no ensino comum, mantendo a responsabilidade da educação desses alunos exclusivamente no âmbito da educação especial.

(D) assegurava aos alunos a participação em todas as possibilidades educacionais e sociais oferecidas pelo processo de escolarização, revelando-se um importante veículo de justiça social.

(E) oferecia condições de desenvolvimento das habilidades cognitivas por meio de um currículo comum, que tinha ligação com um ambiente colaborativo e convívio social.

08. (VUNESP/2012) Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, tendo seu público alvo definido. Nos casos que implicam em
transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. Pode-se dizer que, dentre os transtornos funcionais específicos, estão:

(A) autismo, síndrome do espectro do autismo e psicose infantil.

(B) dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade.

(C) transtornos globais de desenvolvimento e síndrome de Down.

(D) dislexia, discalculia, disgrafia e síndrome de Rett.

(E) transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

09. (VUNESP/2012) Leia o texto para responder à questão

O Censo Escolar/MEC/INEP, realizado anualmente em todas as escolas de educação básica, acompanha, na educação especial, indicadores de acesso à educação básica, matrícula na rede pública, inclusão nas classes comuns, oferta do atendimento educacional especializado, acessibilidade nos prédios escolares e o número de municípios e de escolas com matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais.

O Censo Escolar/2006 aponta que as escolas especializadas e as classes especiais tiveram, de matrículas, em sua totalidade, um aumento de

(A) 5%.

(B) 8%.

(C) 10%.

(D) 18%.

(E) 28%.

10. (VUNESP/2012) Com base no resultado do Censo Escolar das matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais na educação superior, entre 2003 e 2005, o número de alunos passou de 5 078 para 11 999 alunos. Este indicador aponta para um crescimento de 136% das matrículas. Apesar disso, essas informações refletem a

(A) exclusão educacional e social, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas instituições de educação superior.

(B) exclusão social, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas instituições de educação superior.

(C) inclusão educacional e social, das pessoas com deficiência, a importância do fortalecimento das
políticas públicas de acessibilidade nas instituições de educação superior.

(D) inclusão social e a exclusão educacional, principalmente das pessoas com deficiência, salientando a necessidade de promover a inclusão e o fortalecimento das políticas de acessibilidade nas instituições de educação superior.

(E) inclusão das pessoas com deficiência, a importância do fortalecimento das políticas públicas de acessibilidade nas instituições de educação superior e a necessidade de formação de professores.

11. (VUNESP/2013) Assinale a alternativa que completa corretamente a frase, excerto da Política Nacional de Educação Especial sob a perspectiva da Educação Inclusiva.

“O conceito de necessidades educacionais especiais, que passa a ser amplamente disseminado, a partir da Declaração de Salamanca, ressalta ________________, chamando a atenção do ensino regular para o desafio de atender as diferenças. No entanto, mesmo com essa perspectiva conceitual transformadora, as políticas educacionais implementadas não alcançaram o objetivo de levar a escola comum a assumir o desafio de atender as necessidades educacionais de todos os alunos.”

(A) a importância de um diagnóstico cuidadoso dos alunos candidatos ao atendimento educacional especializado

(B) o estímulo ao respeito à diversidade humana, que é normal

(C) a interação das características individuais dos alunos com o ambiente educacional e social

(D) a necessidade de definição das características dos alunos que frequentarão as classes regulares

(E) a relevância da formação dos professores das classes comuns para trabalharem com pessoas deficientes

12. (VUNESP/2013) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, excerto da Política Nacional de Educação Especial, sob a perspectiva da Educação Inclusiva.

“O atendimento educacional especializado tem como função _____________ , _____________ e _____________ recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Ao longo de todo o processo de escolarização, esse atendimento deve estar _____________ com a proposta pedagógica do ensino comum.”

(A) prever … relacionar … produzir … desvinculado

(B) identificar … elaborar … organizar … desarticulado

(C) estabelecer … organizar … definir … combinado

(D) elaborar … comprovar … recusar … planejado

(E) desenhar … acompanhar … encontrar … compromissado

GABARITO

01 - A
02 - D
03 - A
04 - C 
05 - B
06 - D
07 - C
08 - B
09 - E
10 - A
11 - C
12 - C