terça-feira, 10 de junho de 2014




Abaixo a bibliografia (e resumos) da prova mérito deste ano: 

PARTE COMUM A TODOS PROFISSIONAIS 

I-LIVROS 
1. AQUINO, Júlio Groppa (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 8. 
ed., São Paulo: Summus,1996. Capítulo 3: “A desordem na relação professor-aluno: 
indisciplina, moralidade e conhecimento”, de AQUINO, Júlio Groppa; Capítulo 5: “Indisciplina e 
violência: a ambiguidade dos conflitos na escola”, de GUIMARÃES, Áurea Maria e Capítulo 10: 
“A indisciplina como matéria do trabalho ético e político”, de FRANÇA Sônia A. Moreira; 
2. CARVALHO, Rosita Edler. “Educação Inclusiva: do que estamos falando?” In: Revista 
Educação Especial, número 26, 2005 – p. 1-7. Universidade Federal de Santa Maria. Santa 
Maria, Brasil. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=313127396003 
3. CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e 
políticos. 14. ed., São Paulo, Cortez, 2011. 
4. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. 
ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
5. GATTI, Bernadete Angelina; BARRETO, Elba de Sá; ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo de 
Afonso. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: UNESCO, 2001. Disponível 
em: \\<http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002121/212183por.pdf\\> 

II - PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 
1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na 
perspectiva da educação inclusiva. 
Brasília, MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http: 
//portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. 
2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
Curriculares Nacionais: temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf 
3. BRASIL. Ministério da Educação - MEC - Pacto Nacional da Alfabetização na Idade 
Certa; Entendendo o pacto; quatro eixos de atuação: formação, materiais didáticos, avaliação, 
gestão-mobilização e controle social. Disponível em: http://pacto.mec.gov.br/o-pacto 
4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São 
Paulo para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio: documento de apresentação. São 
Paulo: SE, 2012, p. 7-20. Disponível em: 
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/EnsinoFundCicloII/Materiais/tabid/1044/Default.aspx 
5. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica. Planejamento Pedagógico 2014. Disponível em: 
http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/669.pdf 
6. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica. Orientações para os primeiros dias letivos – 2014. Disponível em: Intranet - 
Espaço do Servidor – CGEB - Biblioteca – Orientações para os primeiros dias letivos 2014. 
7. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica. Currículo. Disponível em: Intranet – Espaço do Servidor – Biblioteca – 
Currículo Oficial do Estado de São Paulo. Intranet – Espaço do Servidor – Biblioteca – 
Currículo Escolar. 
8. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica. Anos Iniciais – Ler e Escrever; EMAI; Documentos Curriculares. Disponível 
em: Intranet – Espaço do Servidor – CGEB – Biblioteca – Anos Iniciais 
9. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação de São Paulo. Coordenadoria de 
Gestão da Educação Básica. Diretrizes do Programa de Ensino Integral. Disponível em: 
Intranet – Espaço do Servidor - CGEB – Ensino Integral – Biblioteca 

III - LEGISLAÇÃO 
a) referenciais legais gerais: disponíveis em: www.crmariocovas.sp.gov.br 
b) leis complementares, leis ordinárias e decretos estaduais: disponíveis em: 
www.al.sp.gov.br 
1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988: 
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS 
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO Seção I - Da 
Educação 
2. LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da 
Criança do Adolescente – ECA: 3 
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II - DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE 
CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER 
(Arts. 53 ao 59) 
CAPÍTULO V - DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO 
TRABALHO 
3. LEI FEDERAL Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 - Estabelece as Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – LDB: 
TÍTULO I - DA EDUCAÇÃO 
TÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
TÍTULO III - DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR 
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL: 
TÍTULO V - DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO 
CAPÍTULO I - DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES 
CAPÍTULO II - DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 
Seção I - Das Disposições Gerais 
Seção II - Da Educação Infantil 
Seção III - Do Ensino Fundamental 
Seção IV - Do Ensino Médio 
Seção IV- A Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio 
Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos 
CAPÍTULO V - DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
4. DECRETO FEDERAL Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 - Promulga a Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, 
assinados em Nova York, em 30 de março de 2007 
5. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004 - Institui Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de 
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (anexo o Parecer CNE/CP nº ¾) 
6. RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 - Define Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (anexo o Parecer CNE/CEB nº 7/10) 
7. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012 - Estabelece Diretrizes 
Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (anexo o Parecer CNE/CP nº 8/12) 
8. LEI ESTADUAL Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 - Dispõe sobre o Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Artigos 176 a 250) 
9. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 444, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1985 - Dispõe 
sobre o Estatuto do Magistério Paulista e dá providências correlatas (Artigos 61, 62, 63 e 95) 
10. DECRETO ESTADUAL Nº 55.588, DE 17 DE MARÇO DE 2010 - Dispõe sobre o 
tratamento nominal das pessoas transexuais e travestis nos órgãos públicos do Estado de São 
Paulo 11. RESOLUÇÃO SE Nº 27, DE 29 DE MARÇO DE 1996 - Dispõe sobre o Sistema de 
Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. disponível em: 
http://www.educacao.sp.gov.br/lise/sislegis/detresol.asp?strAto=199603290027 
12. RESOLUÇÃO SE Nº 11, DE 31 DE JANEIRO DE 2008 - Dispõe sobre a educação 
escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de 
ensino e dá providências correlatas (Com as alterações introduzidas pela Resolução SE nº 
31/08) 
13. RESOLUÇÃO SE Nº 81, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011 - Estabelece diretrizes para 
a organização curricular do ensino fundamental e do ensino médio nas escolas estaduais (Com 
as alterações introduzidas pela Resolução SE nº 3/14) 
14. RESOLUÇÃO SE Nº 81, DE 7 DE AGOSTO DE 2012 - Dispõe sobre o processo de 
aceleração de estudos para alunos com altas habilidades/superdotação, na rede estadual de 
ensino, e dá providências correlatas 
15. RESOLUÇÃO SE Nº 2, DE 12 DE JANEIRO DE 2012 - Dispõe sobre mecanismos de 
apoio escolar aos alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual . Disponível 
em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/02_12.htm?Time=1/25/2012) 4 
16. RESOLUÇÃO SE Nº 3, DE 18 DE JANEIRO DE 2013 – Dispõe sobre mecanismos de 
apoio à gestão pedagógica da escola para implementação de ações estabelecidas pelo 
Programa Educação – Compromisso de São Paulo 
17. RESOLUÇÃO SE Nº 32, DE 17 DE MAIO DE 2013 - Dispõe sobre as atribuições do 
Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE, em diretorias de ensino e dá providências 
correlatas Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/32_13.htn?Time=6/3/2013) 
18. RESOLUÇÃO SE Nº 68, DE 27 DE SETEMBRO DE 2013 - Institui o Projeto Apoio à 
Aprendizagem para atendimento às demandas pedagógicas dos anos finais do ensino 
fundamental e das séries do ensino médio na rede pública estadual 
19. RESOLUÇÃO SE Nº 74, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2013 - Dispõe sobre a 
reorganização do Ensino Fundamental em Regime de Progressão Continuada, oferecido pelas 
escolas públicas estaduais e dá providências correlatas Disponível em: 
https://docs.google.com/document/d/1GUNUEZbyFt2ijZLQUmy4TFn5N8HybVtQeO1iK2822g/e
dit?pli=1) 
20. DELIBERAÇÃO CEE Nº 9/97 - Institui, no sistema de ensino do Estado de São Paulo, 
o regime de progressão continuada no ensino fundamental (anexa a Indicação CEE nº 8/97) 
21. DELIBERAÇÃO CEE Nº 68/07 - Fixa normas para a educação de alunos que 
apresentem necessidades educacionais especiais, no sistema estadual de ensino (anexa a 
Indicação CEE nº 70/07) 
22. DELIBERAÇÃO CEE Nº 73/08 - Regulamenta a implantação do Ensino Fundamental 
de 9 anos, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino, conforme o disposto na Emenda 
Constitucional nº 53/06 e na Lei nº 9.394/96, com as alterações introduzidas pela Lei nº 
11.274/06 (anexa a Indicação CEE nº 74/08) 
23. DELIBERAÇÃO CEE Nº 82/09 - Estabelece as diretrizes para os cursos de Educação 
de Jovens e Adultos em nível do Ensino Fundamental e Médio, instalados ou autorizados pelo 
poder público no sistema de ensino do Estado de São Paulo 24. INDICAÇÃO CEE Nº 22/97 - 
Avaliação e Progressão Continuada 
25. PARECER CEE Nº 67/98 - Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais 
26. PARECER CEE Nº 55/11 - Matrícula de alunos no Ensino Fundamental em desacordo 
com o disposto na Deliberação CEE nº 73/2008 
27. PORTARIA CONJUNTA CENP/COGSP/CEI, DE 6/7/2009 - Dispõe sobre a 
terminalidade escolar específica de alunos com necessidades educacionais especiais na área 
da deficiência mental, das escolas da rede estadual de ensino, e dá providências correlatas 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O que acontece...

Um dos resultados do trabalho dos alunos dos terceiros anos, sob orientação dos professores  Rosivânia  das Neves (Matemática) e José Paulo Martim (Arte). Parabéns a todos.



Participemos da Campanha do Agasalho promovida pelo Grêmio Estudantil. Sejamos solidários!!!


 


TRABALHO EM GRUPO

Como agrupo meus alunos?

Em duplas, trios, quartetos... Para definir a melhor alternativa, é necessário, antes de mais nada, diagnosticar o que cada um sabe sobre o conteúdo. Como forma de ajudar nessa tarefa essencial para a aprendizagem, respondemos a 13 questões sobre o tema

Ana Rita Martins (novaescola@fvc.org.br), Beatriz Santomauro e Bianca Bibiano
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Ilustração: Daniel Motta
As professoras Ana Paula Kordash e Vera Lúcia Guastapaglia, da EMEF Leandro Klein, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, lecionam para uma turma de 5º ano. Para ensinar conteúdos de todas as disciplinas, muitas vezes elas dividem os 28 alunos em grupos, mas nunca de forma aleatória. A razão é simples: as duas já sabem que colocar trabalhando juntos os que têm saberes diferentes é uma forma poderosa de fazer todos aprenderem. Para tanto, sempre iniciam uma atividade com um diagnóstico em que verificam o que cada um sabe sobre o tema em questão. Só então planejam as situações de interação. Três delas - em Língua Portuguesa, Matemática e Geografia - são mostradas nas ilustrações nos quadros abaixo.

O procedimento de Ana e Vera - e de outros professores que usam os agrupamentos em sala para ensinar - está baseado em conhecimento produzido desde o início do século 20 por pesquisadores de diferentes áreas. Em 1930, o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem. Em A Formação Social da Mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda de outros. Trabalhar em grupo, então, não é apenas importante, mas fundamental para ele.

Os estudos realizados na área destacam as condições em que se dá esse processo - o que inclui o conteúdo e o conhecimento prévio da turma -, além da importância do intercâmbio cognitivo, que traz avanços conceituais. O progresso alcançado quando os integrantes de um grupo confrontam pontos de vista moderadamente divergentes foi comprovado por pesquisa de Anne Nelly Perret-Clermont, da Universidade de Neuchâtel, na Suíça. Eles estão relatados no livroDesenvolvimento da Inteligência e Interacção Social, de 1979. Independentemente de as opiniões dos estudantes estarem certas, ela comprovou que a diversidade de posições leva a conflitos e, em consequência, ao desenvolvimento intelectual e à aprendizagem.

Isso fica claro na alfabetização, campo em que os agrupamentos são mais difundidos. No início dos anos 1980, pesquisas da educadora argentina Ana Teberosky mostraram como é produtivo agrupar os pequenos com colegas que apresentam hipóteses diferentes (mas próximas) sobre leitura e escrita. Apesar de tudo isso, poucos professores utilizam os grupos de forma criteriosa.

Hoje, um dos núcleos de destaque na investigação sobre a interação é integrado por César Coll, da Universidade de Barcelona, que, entre outros aspectos, estuda o papel do professor. Segundo ele, cabe ao educador criar condições para que os alunos realizem o trabalho com os próprios instrumentos e manter o agrupamento sempre produtivo. Para ajudar você nessa tarefa, NOVA ESCOLA selecionou 13 questões de leitores sobre o tema - entre 60 enviadas pelo site.

Critérios de agrupamento
Reescrita de conto
Ilustração: Daniel Motta
Disciplina  Língua Portuguesa
Objetivo  Desenvolver a produção de textos com base na linguagem que se usa para escrever
Conteúdo  Produção de textos
Critérios de agrupamento  Duplas, em que os dois têm nível de conhecimento próximo, mas habilidades distintas no que se refere à ortografia e à coesão de texto
Papel do professor  Vera Lúcia Guastapaglia acompanhou o trabalho para garantir que os integrantes trocassem informações e se ajudassem para que ambos avançassem
Interação entre alunos  Para reescrever a história, cada dupla produziu um texto e o redigiu conjuntamente, alternando o papel de escriba
Continue lendo a reportagem na página da Revista Nova Escola.

quinta-feira, 15 de maio de 2014


LIVROS, LIVROS, LIVROS...

Eu recomendo...




"Eu indicaria o livro Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marques.A história é envolvente; não conseguia parar de ler." Professor Bado Bertoli


"Estou lendo  A pátria de Chuteiras,  de Nelson Rodrigues. É muito interessante." Professora Marinilse Fontolan, diretora da Escola Ary


"O Estilo emocional do cérebro, de Richard J Davidson. O autor é um neurolinguista que se dedica ao estudo das emoções, investigando como isso se relaciona às funções cerebrais. Muito bom." Professora Solange Dota



"Indico o livro Por Quem os Sinos Dobram de Hemingway. O livro mais lindo que já li. A história se passa na Espanha, durante a guerra civil. Emociona." Professora Arlete Bellani  




Pense nisso, coleguinha.

Texto de Lino de Macedo
(...)
Por que temos de fazer escolhas diárias? Uma razão geral para isso é a nossa própria condição de ser vivo. Somos (incluindo-se aí os vegetais e todos os outros animais) - para continuar vivos - seres de complementaridade ou interação: uma parte de nós, porque nos completa como todo, está sempre fora de nós (nos outros, na natureza, nas coisas). O oxigênio de que precisamos depende, em nosso caso, da respiração de um ar que o contenha.

Ele é um legado das estrelas que, ao explodirem, espargiram pelo universo suas cinzas, das quais um de seus elementos (o oxigênio) possibilita, do começo ao fim, a nossa existência física. A vida social, só para ficarmos em um dos ensinamentos de Marcel Mass, depende de um eterno fluxo transitivo entre o dar, o receber e o retribuir. Do ponto de vista biológico, a gestação feminina depende, por causalidade, de uma parte (o espermatozóide) que só se encontra no sexo masculino. A mútua dependência ou a interdependência que nos caracteriza (apesar de nós) não se verifica como necessária nos seres imortais. O cristal, por exemplo, é um minério que pode sustentar – para sempre - sua condição sólida, como um tipo de vidro que só se parte ou se transforma em  pó pela atuação de agentes externos a ele (dentre os quais o ser humano e todos os seus interesses).

O que isso tem a ver com escolhas? Se uma parte de nós está fora e se queremos nos manter como um todo, é necessário (em uma condição mínima ou máxima) que escolhas sejam feitas (quaisquer que sejam seus modos ou motivos de expressão). O que escolher? Por que escolher isso ou aquilo? A qualidade ou razão de uma escolha define, por antecipação, o que será de nossa vida e da vida do grupo a que pertencemos. Não por acaso, aprender ou poder fazer escolhas com liberdade é um dos direitos mais requeridos pelos seres humanos. Sofrimento, doença, morte, injustiça, ou restrição de qualquer ordem, nesse sentido, são manifestações de um sentimento de que nossas possibilidades de escolha tornaram-se negadas ou cerceadas. Contudo, ter ou poder escolher é assumir riscos, é tornar-se responsável por nossas escolhas e conseqüências. 

Lino de Macedo é professor de psicologia da USP 


 Ou isto ou aquilo
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.


Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.



Ou isto ou aquilo, Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Revendo nosso Projeto Pedagógico


Professores, com o intuito de reler - e também rever - nosso Projeto Pedagógico (ação que teve início no Planejamento), aqui serão publicados alguns aspectos  importantes, para que possamos iniciar a discussão da Proposta, à luz dos desafios que se fazem aos educadores desta escola, no momento atual..    Bons estudos.  
                                                                                                                   Equipe Gestora

PROPOSTA PEDAGÓGICA


I- INTRODUÇÃO

(...)                     
                Ser o melhor é algo muito difícil, dá trabalho, implica muito esforço. Ser o melhor não é dizer, mas fazer o melhor e aí é que mora o “x” da questão. Todos da escola são convidados a ser os melhores e aquele que não está disposto a arregaçar as mangas e começar um trabalho sério, valoroso é convidado a descer do trem da história do Ary e procurar seu ideal, por que há muita gente interessada em ser o melhor, a  procura é muito grande, então não é concebível desperdiçar um lugar tão importante para alguém que não quer dar o melhor de si para construir um mundo melhor onde o principal objetivo é ser feliz.
                   No entanto cabe à família a colaboração na bagagem cultural do aluno e também a base na formação de valores éticos, morais, religiosos e etc. Ter a oportunidade de formar um indivíduo íntegro e útil à sociedade é um privilégio único. Enquanto espera uma formação oferecida pela instituição de ensino, possui a tarefa de ser exemplo no desempenho de papéis íntegros na sociedade, contribuindo com valores éticos, na formação do cidadão, lado a lado com a escola.
       (...) Um dos lemas da escola é trabalhar para que todos tenham a certeza de que estão na melhor escola, que aqui estão os melhores professores,  os melhores alunos,  os melhores funcionários, os melhores pais e estamos numa comunidade excelente. O otimismo permeia a todos e a esperança é marca comum.Todos têm consciência de que ser o melhor é muito trabalhoso e requer muito estudo , muita perseverança , muita luta , muito trabalho , muita disciplina e muito desejo de vencer não para ser o melhor, mas , principalmente , para ser feliz. A família é capaz de despertar o interesse e a curiosidade delas e incentivar a sua aprendizagem. Por isso, esse compromisso é indispensável. Acompanhar a vida escolar das crianças, valorizar suas tarefas e estimular a gostarem de aprender e a serem curiosas também na vida fora da escola.
     Quando a família participa da educação das crianças, elas podem sair-se muito melhor na escola e na vida. Motivação, confiança, aumento da auto-estima. O aluno conta com todas essas características quando tem o acompanhamento próximo dos pais. É preciso paciência, dedicação, determinação e acreditar no potencial das crianças. 
      Para aprender, o aluno precisa estar, receptivo, atento, motivado. Caso contrário, o estudo não passará de pura teoria e jamais será assimilado corretamente por melhor que seja o método de ensino.
         "Devemos ver a criança, futuro cidadão, como fonte de três coisas fundamentais: iniciativa (ação), liberdade (opção) e compromisso (responsabilidade). A palavra fonte quer significar que essas coisas devem brotar da criança, e não ser introjetadas nela de fora para dentro."  Isso segundo Antonio Carlos Gomes da Costa, pedagogo (um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente).
                 Cabe aos educadores não somente estabelecer regras, mas compreender melhor a situação de cada um, com afeto. O que o aluno pratica na escola é uma reprodução das atitudes tomadas em casa. Para tanto, os pais precisam estar sempre atentos e fazer reflexões. O diálogo é muito importante em qualquer situação, além do respeito à opinião dos filhos e compreensão de seus conflitos.
      Ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, a escola buscará eleger, como objetivo de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as considerações essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. (PCN - introdução pág.45)
   Os conhecimentos que se transmitem e se recriam na escola ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se opera na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola, num processo contínuo e permanente de aquisição. (PCN pág.46)
      Considerando as expectativas e as necessidades dos alunos e seus pais, a escola, para exercer a função social, precisa possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais.Isso irá fazer um diferencial enorme e não será depositado à escola o dever de ser a única responsável pelo desempenho do aluno. Esta é a mudança que precisa ficar clara. Não se pode transferir toda responsabilidade para a escola; é preciso ser parceiro dela. Ser parceiro é valorizar na rotina do aluno aqueles aspectos que vão torná-lo melhor estudante  
    A parceria família/escola ajuda a afastar as crianças das drogas e da violência e precisa ser permanente. Quanto maior o envolvimento dos pais, melhor o desempenho do aluno que ganha segurança e auto-estima, aprendendo e participando nesse processo evidencia-se a necessidade da participação da comunidade, em especial dos pais, tomando conhecimento e interferindo nas propostas da escola.Quando o professor pode contar com uma atuação ativa da família, tem seu trabalho facilitado e com grande possibilidade de ampliação. Mais do que transmitir conhecimentos adquiridos no decorrer do próprio aprendizado, além de informações de como viver em sociedade, o professor também precisa se preocupar com a formação humana do aluno e isso exige, acima de tudo amor, paciência e persistência.
           (...) Os alunos não contam exclusivamente com o contexto escolar para a construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares. A mídia, a igreja, os amigos, são também fontes de influência educativa que incidem sobre o processo de construção de significados desses conteúdos. Essas influências sociais normalmente somam-se ao processo de aprendizagem escolar, contribuindo para consolidá-lo; por isso é importante que a escola as considere e as integre ao trabalho. (...)  (PCN pág.54) Cabe à escola preocupar-se com que os alunos desenvolvam capacidades relacionadas às várias vivências a que estão expostos em seu universo cultural. A atuação do professor em sala de aula deve considerar os fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, como também características pessoais. Deve dar especial atenção ao aluno que demonstrar a necessidade de resgatar a auto-estima.A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor máximo o respeito às diferenças, ou seja, o direito de todos os alunos realizarem as aprendizagens fundamentais para seu desenvolvimento e socialização. (PCN - pág. 97)
              A participação é um princípio da democracia que necessita ser trabalhado; é algo que se aprende e se ensina. A escola será um lugar possível para essa aprendizagem se promover a convivência democrática no seu cotidiano, pois aprende-se a participar, participando. A importância do convívio escolar ganha amplitude quando a escola se propõe como espaço de atuação pública dos alunos.Portanto, o nosso lema é formar homens que façam a diferença, que sejam importantes para o futuro da humanidade.
               Esta instituição escolar, já há algum tempo, é avaliada de forma positiva e, com isso, goza de um conceito muito bom entre os alunos, pais, professores e comunidade em geral. Dessa forma, tornaram-se comuns pedidos de vaga durante todo o decorrer do ano, cujas razões baseiam-se no conceito que esta instituição tem, mas que é fruto de um contínuo trabalho junto à toda equipe escolar e que ultrapassa os muros e atinge a comunidade como um todo.
   Vários são os motivos que nos levam, a cada dia, a obter tal avaliação dos diferentes seguimentos, mas, com certeza, um deles é fundamental: trabalhar para que todos tenham a certeza de que toda ação cotidiana reflete a responsabilidade de quem a realiza. Todos nós somos, portanto, responsáveis pela construção da realidade que nos cerca, que pode ser alicerçada na valorização de nossa função como educadores, mas também na sua destruição cotidiana, resultado de posturas irresponsáveis e inconsequentes de pessoas que, infelizmente, compartilham de um espaço essencialmente educacional.                                                                                                                                                                                                                      Todos devem ter, no entanto, a consciência de que para continuarmos com esse conceito junto à comunidade, torna-se fundamental que nosso trabalho tenha como característica coletiva a responsabilidade social, ou seja, que todos os profissionais da educação percebam o peso que a educação tem na formação de todos os cidadãos.
             Não se trata de um trabalho fácil, mas possível de realizarmos se coletivo for colocado em primeiro plano, deixando de lado as particularidades, corporativismo e ambições pessoais. Para tanto, é essencial o estudo, a reflexão, o debate e o crescimento pessoal e profissional de todos, que somente serão realizados se as pessoas compreenderem a importância do aprender sempre, não só na profissão de educadores, mas em todas, sem nenhuma exceção.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

GUIA DE  FLEXIBILIZAÇÃO
Revista Nova Escola

Para flexibilizar o conteúdo, você precisa sondar o que o aluno já sabe, adaptar o que for necessário e fazer uma boa avaliação. Abaixo, veja a descrição de cada uma dessas etapas.

1º Diagnosticar
Lembre-se de que, para construir novos conhecimentos, o estudante precisa contar com um ponto de partida, isto é, com algum conhecimento já construído por ele e que esteja relacionado ao conteúdo estudado no momento. Por meio de uma sondagem (um diagnóstico inicial) descubra o que ele já sabe e verifique como pode contribuir com o coletivo. Tire o foco do diagnóstico médico e proponha situações desafiadoras para descobrir até onde o aluno pode chegar. Os laudos médicos são importantes para que conheçamos algumas características que costumam estar presentes em alunos com alguns tipos de deficiência, mas não contribuem para planejar o dia a dia em sala de aula.
É muito comum, sobretudo nos casos de alunos que apresentam algum tipo de deficiência intelectual, que a preocupação seja sobre o que “está faltando”, sobre aquilo que ele não sabe, mas isso raramente ajuda. Em vez de olhar para as dificuldades, foque nas possibilidades de aprendizagem. Você pode propor uma atividade diagnóstica específica e, no dia a dia, manter o olhar atento sobre o que o aluno conhece, qual a sua participação em projetos e trabalhos em grupo e em todas as atividades cotidianas. (...)

2º Adaptar (ou flexibilizar)
Lembre sempre que as atividades são planejadas com base no contexto da sala de aula. Em algumas situações de adaptação curricular, é necessário transformar apenas os objetivos das sequências didáticas. Em outros casos, você deverá flexibilizar os meios para realizar certas atividades, lançando mão de mais recursos sonoros, visuais ou táteis, por exemplo. (...)
O currículo deve ser adaptado ou personalizado se o professor, junto à equipe pedagógica da escola, reconhecer a necessidade de o aluno contar com intervenções que se diferenciam de forma significativa das aplicadas ao resto da classe. Todos os alunos precisam aprender e construir procedimentos e posturas condizentes com a condição de estudantes. Portanto, nada de deixar seu aluno com deficiência como “café com leite” da turma.
Para exemplificar, listamos algumas orientações gerais de flexibilização para casos de deficiência intelectual, física, visual e auditiva. Veja:
Deficiência Intelectual: cada um destes alunos é único.  Por isso, é preciso conhecer os pontos fracos e fortes dessa criança para fazê-la avançar pelos meios mais adequados. É comum que estes estudantes tenham dificuldades com conteúdos abstratos.
Contextualizar as atividades e os conteúdos com situações do cotidiano podem ajudá-la a aprender. Outra sugestão é flexibilizar o tempo de realização da atividade conforme o ritmo da criança e repetindo as etapas sempre que for preciso. Isso não quer dizer que daremos a eles “todo o tempo do mundo”, pois, assim como os demais, esses alunos precisam ser desafiados a fazer as atividades em um tempo cada vez mais curto.
Deficiência Física: se o seu aluno possui deficiência física nos membros superiores, ofereça a ele pranchetas com apoios para que tenha firmeza ao escrever. Os lápis e canetas também devem estar envoltos em espuma, para que não escorreguem. Se houver limitação nos membros inferiores, este não é um motivo para excluir o aluno das aulas de Educação Física. Eles podem participar jogando com as mãos e você pode adaptar algumas modalidades para que todos joguem nas mesmas condições.
Deficiência Visual: em parceria com o AEE, ofereça registros escritos em braile ao aluno cego. Deixe que ele grave as aulas e, se tiver uma máquina braile, respeite o tempo de escrita desta criança (que pode ser maior que o dos colegas). Providencie, ainda, estímulos táteis, auditivos e olfativos, para que a criança consiga perceber texturas, formas e aromas.
Deficiência Auditiva: ter um intérprete de Libras na escola é um direito. Mas, se a sua escola ainda não contar com a ajuda deste profissional, não desista. Abuse dos estímulos visuais e táteis, ofereça bons registros escritos e em imagens e ajude o seu aluno no dia a dia. Proponha que ele sente nas carteiras da frente e procure falar olhando para o aluno, caso ele seja capaz de fazer a leitura orofacial.

3º Avaliar
Determine metas, intervenções e objetivos de aprendizagem específicos para os alunos que apresentam algum tipo de deficiência.  Consequentemente, a avaliação desses estudantes vai refletir as adaptações que você fez para ensinar, já que a avaliação é sempre pautada no que já foi dado em sala de aula.
É fundamental considerar que, se a classe inteira está fazendo uma prova, esse aluno também deverá ser submetido à situação de avaliação que, obviamente, deverá ser construída a partir do que foi trabalhado com ele. Conte com vários instrumentos de avaliação e selecione aqueles que proporcionem maior número e qualidade de informações acerca do desempenho. É sempre bom lembrar que os alunos com deficiência precisam passar pelos momentos avaliação ao mesmo tempo que os colegas. Podemos dizer que este é um princípio importantíssimo para seu processo de inclusão efetivo.
Ainda que a classe esteja trabalhando na área de Matemática com as frações, por exemplo, e ele com os cálculos simples, o aluno deve ser submetido à prova que aborda estes cálculos, deve ser orientado para estudar, e sua prova deve ser montada como as outras. Detalhes como cabeçalho idêntico ao da prova regular, sistema de avaliação (notas ou conceitos) e correção/devolução no mesmo dia e na mesma hora do grupo, são importantíssimos.
A observação do aluno em momentos de aprendizagem ou de atuação coletiva é mais um instrumento bastante valioso e oferece a possibilidade de avaliar outros tópicos, que não os avaliados em uma prova, ou outra situação formal de aprendizagem. Assim, todos os instrumentos são importantes, mas nenhum deles substitui outro.
Não se esqueça de fazer bons registros de todas as atividades realizadas com a turma e de guardar as produções dos alunos. Isso vai ajudá-lo a traçar um panorama de aprendizagem e focar, no planejamento, os pontos em que o aluno ainda precisa avançar. Você também deve criar relatórios periódicos com as análises quantitativa e qualitativa do desempenho dos alunos e utilizar esses dados no momento de replanejar as aulas ou de repensar algumas atividades.

Checklist: sete passos para  flexibilizar suas aulas
Guia de Flexibilização NOVA ESCOLA
Veja abaixo o que não pode faltar na hora de adaptar o conteúdo para alunos com necessidades        educacionais especiais:
Conheça o estudante, descubra o que ele já sabe e até onde pode ir.
Planeje como ensinar de modo que ele aprenda e se sinta parte do grupo.
Considere as habilidades do estudante e quais potencialidades ele pode desenvolver ao longo da vida escolar.
Busque o apoio dos gestores da escola.
Realize uma parceria com o profissional do atendimento educacional especializado (AEE).
Busque mais informações sobre a deficiência do aluno e adaptação em materiais de formação, livros e        noGuia de Flexibilização NOVA ESCOLA

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Novos Projetos da Escola



"A ÁFRICA, SUA MULTIPLICIDADE E A NOSSA RELAÇÃO CULTURAL ”

Elaborado pela professora Silvana Martins dos Santos. 

Justificativa: Em virtude da lei 10.633, que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, nas diferentes modalidades de ensino, este projeto visa cumprir uma carência dos materiais, ainda despreparados para lidar com o tema.

Objetivos:
  • Desmistificar os conceitos de inferioridade da cultura africana;
  • Entender a visão de mundo africana e seus elementos naturais;
  • Relacionar os elementos culturais africanos e compreendê-los como formadores do      povo brasileiro;
  • Devolver à população de matriz africana a dignidade e o conhecimento da        ancestralidade do povo africano;
  • Perceber o Brasil como país múltiplo com características singulares e influência de  vários povos além dos europeus.
Responsáveis: Professores coordenadores, professores da Área de Ciências Humanas, Códigos e Linguagens, Matemática.

Público Alvo: Alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Procedimentos Metodológicos: Através do trabalho com mídia impressa e digital, tentar perceber a imagem do negro no Brasil e no mundo; analisada esta primeira etapa, buscar conhecimentos sobre países africanos, o significado de suas bandeiras e os processos de colonização e libertação dessas colônias para compreender como eram esses países antes do processo de diáspora africana. Após esses entendimentos iniciais, o professor de cada disciplina deverá trabalhar especificamente com temas específicos:
Educação Física: Dança, capoeira, alimentação;
Geografia: Vegetação, animais e bandeiras africanas, produção de mapas;
Língua Portuguesa: Mitos e leitura de livros, estética de escritores com elementos afro brasileiros e africanos em seus textos, gêneros  textuais, resumos relato pessoal e poemas.
Inglês: Africanidades nos países de língua inglesa e africanos que falem o idioma inglês;
Matemática: Formas geométricas e a relação com a pintura das casas dos povos Zulus na África do Sul;
Ciências e Biologia: Adaptações climáticas, conceito de etnias e a teoria do surgimento  da vida no continente africano;
História: A África antes e depois da escravidão; alguns movimentos negros como o pan-africanismo, negritude, renascença do Harlen, revolução haitiana e outros;
Arte: Máscaras africanas e artes africanas.

O projeto terá como resultado um álbum de fotografia com fotos, mapas, gráficos, textos referentes ao aprendizado sobre o continente africano e suas influências na formação do povo brasileiro.
Cronograma: De Agosto a Novembro de 2014.

Avaliação: O professor deve observar a participação efetiva do aluno, na realização das atividades. Além disso, será também avaliado o produto final (o álbum de fotografia). Os professores deverão estabelecer os critérios, para essa avaliação, procurando a objetividade. 

"EDUCAR PARA CONSUMIR"

Justificativa
Este projeto visa formar cidadãos mais conscientes sobre o consumo, uma vez que o modo de vida incentivado pelas corporações empresariais vem resultando na destruição do planeta e coisificação do ser humano. Por isso, é importante que a escola assuma seu papel de formadora de homens que pensem e tomem as decisões mais sábias para a solução dos problemas advindos de um estilo de viver, que, em última instância, objetiva apenas o lucro. 

Tem parceria com a Fundação ProCon e a Diretoria de Ensino de Americana que, com material e orientação técnica, auxiliam os educadores a desenvolver  as mais pertinentes situações de aprendizagem para a execução dos trabalhos. Segundo a Fundação ProCon   estimular os educadores a tratar o tema consumo consciente e responsável, é um primeiro passo para despertar, nos alunos, uma atitude de atenção constante frente aos variados fatores das relações de consumo que estabelecem no seu cotidiano.

Objetivos:Será foco deste projeto o desenvolvimento, em médio prazo, das seguintes competências: a consciência crítica, no momento de consumir; a capacidade de distinguir necessidade de desejo; o ato de consumo como ação segura e consciente, com responsabilidade social e ambiental, que exige, inclusive, o respeito aos direitos coletivos. A curto prazo, os alunos deverão:
  • Avaliar os danos causados pelo consumismo ao meio ambiente e proposta de solução para o problema.
  • Compreender os impactos ambientais causados pela extração de matéria-prima.
  • Compreender as mudanças histórias dos meios de comunicação e sua influência nas decisões de compra.
  • Entender como o uso de certos tipos de energia degradam o meio ambiente.
  • Pesquisar fontes de energia alternativa.
  • Perceber outras formas de organização social e econômica das sociedades de consumo.
  • Caracterizar a sociedade em que vivemos, quanto a produção e consumo de produtos e serviços.
  • Criar cidades onde o consumo seja mais racional.
  • Analisar campanhas publicitárias, a retórica, os recursos verbais e não verbais.
  • Expressar sentimentos por meio de vídeos e textos escritos sobre o consumismo.
  • Escrever relatórios das aulas com registro fotográfico.
Responsáveis
Coordenadores e Professores.

Público Alvo
Alunos do Ensino Fundamental e Médio

Procedimentos Metodológicos
Atividades (sugeridas no Manual do Multiplicador – Fundação ProCon-SP):
      Geografia
Tema: Consumo e meio ambiente
Atividade: Fazer um levantamento sobre quais são os hábitos de consumo dos alunos e qual o impacto que isso representa ao meio ambiente: desde a extração de matéria-prima para a sua fabricação até o descarte de resíduos. Os alunos devem propor soluções para os problemas gerados ao ambiente natural.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)
Tema: Consumismo – o meio ambiente e as grandes paisagens naturais da Terra
Atividade: Relacionar a degradação do meio ambiente com o consumismo. Solicitar aos alunos que observem com que tipo de matéria-prima é feito determinado produto de uso diário (como roupas e material escolar) e qual impacto sua extração gera ao meio ambiente.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)
       História
Tema: Sociedade Tecnológica: Compras pela Internet
Atividade: Pesquisar sobre a influência da internet nas nossas decisões de compra. Verificar com os alunos se eles ou sua família fazem compras pela internet. Discutir sobre a evolução da velocidade das comunicações e dos transportes ao longo da história e suas influências nas compras.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)
      Ciências
Tema: Consumo Consciente
Atividade: Solicitar aos alunos que façam um levantamento sobre os tipos de energia que utilizam diariamente. Pesquisar a relação do uso dessas energias coma degradação do meio ambiente. Quais são as fontes de energia alternativas que existem e quais já podemos optar por utilizar em nosso cotidiano.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)
     Filosofia e Sociologia
Tema: Sociedade de Consumo
Atividade: Dividir a sala em grupo, solicitando uma pesquisa para cada um sobre: sociedades onde há trocas de mercadorias; sociedades autossuficientes – que produzem o que consomem-; as características da sociedade em que vivemos, quanto a produção e consumo de produtos e serviços.
Solicitar que cada grupo exponha o que foi pesquisado. Ao final, os alunos devem apresentar uma proposta de uma nova sociedade, posterior à nossa.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)
     Língua Portuguesa e Arte
Tema: A linguagem da propaganda e sua influência nos hábitos de consumo
Atividade: Propor a análise de campanhas publicitárias – os recursos linguísticos, o que é literal e o que está subentendido por meio de imagens e sons. É possível verificar códigos verbais e não verbais, nas publicidades impressas e veiculadas pela TV. A proposta é levar o aluno a perceber e refletir sobre os apelos sensoriais desse tipo de mensagem.
Solicitar aos alunos que produzam uma música ou um vídeo, mostrando o que sentiram ao comprar algo que desejavam muito, incentivados pela propaganda e, também um outro descrevendo o oposto, isto é, o que sentem quando não conseguem comprar algo que desejam.

Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental (9º ano) e do Médio (3º ano)

Cronograma: Este projeto terá início no primeiro semestre de 2014.

Avaliação: É esta um processo contínuo, que existe desde o instante em que nasce um projeto até o dia em que seus efeitos e resultados são analisados. Articulado ao currículo, este mesmo projeto será integrado ao planejamento escolar e desenvolvido a partir das avaliações diagnósticas, com o fim último de possibilitar aos educadores a construção de metodologias que encaminhem a aprendizagem significativa. Neste caso, os professores poderão encaminhar os seguintes instrumentos de avaliação:

1-Relatórios das aulas com registro fotográfico.
2-Listas de presença e relatórios de frequência dos alunos.
3-Relatório de avaliação do projeto, elaborado pelos alunos.
4-Relatórios de avaliação elaborados pelos educadores do projeto.
5-Os professores deverão estabelecer previamente os critérios para avaliação dos
trabalhos produzidos pelos alunos, considerando: 
a-Conhecimentos construídos por meio de textos elaborados, em sala de aula.
b-Conhecimentos construídos pela leitura de campanhas publicitárias.
c-Compreensão do tema estudado por meio da produção de vídeos e textos escritos.
d-Emprego de imagens e outros recursos para a construção da coerência e coesão. 



Olá, professores: Este texto é para refletir.

Aprendendo a pensar - Stephen Kanitz

A maioria das aulas que tive foi expositiva. Um professor, normalmente mal pago e por isso mal-humorado, falava horas a fio, andando para lá e para cá. Parecia mais preocupado em lembrar a ordem exata de suas idéias do que em observar se estávamos entendendo o assunto ou não.
Ensinavam as capitais do mundo, o nome dos ossos, dos elementos químicos, como calcular o ângulo de um triângulo e muitas outras informações que nunca usei na vida. Nossa obrigação era anotar o que o professor dizia e na prova final tínhamos de repetir o que havia sido dito.

A prova final de uma escola brasileira perguntava recentemente se o país ao norte do Uzbequistão era o Cazaquistão ou o Tadjiquistão. Perguntava também o número de prótons do ferro. E ai de quem não soubesse todos os afluentes do Amazonas. Aprendi poucas coisas que uso até hoje. Teriam sido mais úteis aulas de culinária, nutrição e primeiros socorros do que latim, trigonometria e teoria dos conjuntos.

Curiosamente não ensinamos nossos jovens a pensar. Gastamos horas e horas ensinando como os outros pensam ou como os outros solucionaram os problemas de sua época, mas não ensinamos nossos filhos a resolver os próprios problemas.

Ensinamos como Keynes, Kaldor e Kalecki, economistas já falecidos, acharam soluções para um mundo sem computador nem internet. De tanto ensinar como os outros pensavam, quando aparece um problema novo no Brasil buscamos respostas antigas criadas no exterior. Nossos economistas implantaram no Brasil uma teoria americana de "inflation targeting", como se os americanos fossem os grandes especialistas em inflação, e não nós, com os quarenta anos de experiência que temos. Deu no que está aí.

De tanto estudar o que intelectuais estrangeiros pensam, não aprendemos a pensar. Pior, não acreditamos nos poucos brasileiros que pensam e pesquisam a realidade brasileira nem os ouvimos. Especialmente se eles ainda estiverem vivos. É sandice acreditar que intelectuais já mortos, que pensaram e resolveram os problemas de sua época, solucionarão problemas de hoje, que nem sequer imaginaram. Raramente ensinamos os nossos filhos a resolver problemas, a não ser algumas questões de matemática, que normalmente devem ser respondidas exatamente da forma e na seqüência que o professor quer.

Matemática, estatística, exposição de idéias e português obviamente são conhecimentos necessários, mas eu classificaria essas matérias como ferramentas para a solução de problemas, ferramentas que ajudam a pensar. Ou seja, elas são um meio, e não o objetivo do ensino. Considerar que o aluno está formado, simplesmente por ele ter sido capaz de repetir os feitos intelectuais das velhas gerações, é fugir da realidade.

Num mundo em que se fala de "mudanças constantes", em que "nada será o mesmo", em que o volume de informações "dobra a cada dezoito meses", fica óbvio que ensinar fatos e teorias do passado se torna inútil e até contraproducente. No dia em que os alunos se formarem, mais de dois terços do que aprenderam estarão obsoletos. Sempre teremos problemas novos pela frente. Como iremos enfrentá-los depois de formados? Isso ninguém ensina.

Existem dezenas de cursos revolucionários que ensinam a pensar, mas que poucas escolas estão utilizando. São cursos que analisam problemas, incentivam a observação de dados originais e a discussão de alternativas, mas são poucas as escolas ou os professores no Brasil treinados nesse método do estudo de caso.

Talvez por isso o Brasil não resolva seus inúmeros problemas. Talvez por isso estejamos acumulando problema após problema sem conseguir achar uma solução.