terça-feira, 20 de maio de 2014

O que acontece...

Um dos resultados do trabalho dos alunos dos terceiros anos, sob orientação dos professores  Rosivânia  das Neves (Matemática) e José Paulo Martim (Arte). Parabéns a todos.



Participemos da Campanha do Agasalho promovida pelo Grêmio Estudantil. Sejamos solidários!!!


 


TRABALHO EM GRUPO

Como agrupo meus alunos?

Em duplas, trios, quartetos... Para definir a melhor alternativa, é necessário, antes de mais nada, diagnosticar o que cada um sabe sobre o conteúdo. Como forma de ajudar nessa tarefa essencial para a aprendizagem, respondemos a 13 questões sobre o tema

Ana Rita Martins (novaescola@fvc.org.br), Beatriz Santomauro e Bianca Bibiano
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Ilustração: Daniel Motta
As professoras Ana Paula Kordash e Vera Lúcia Guastapaglia, da EMEF Leandro Klein, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, lecionam para uma turma de 5º ano. Para ensinar conteúdos de todas as disciplinas, muitas vezes elas dividem os 28 alunos em grupos, mas nunca de forma aleatória. A razão é simples: as duas já sabem que colocar trabalhando juntos os que têm saberes diferentes é uma forma poderosa de fazer todos aprenderem. Para tanto, sempre iniciam uma atividade com um diagnóstico em que verificam o que cada um sabe sobre o tema em questão. Só então planejam as situações de interação. Três delas - em Língua Portuguesa, Matemática e Geografia - são mostradas nas ilustrações nos quadros abaixo.

O procedimento de Ana e Vera - e de outros professores que usam os agrupamentos em sala para ensinar - está baseado em conhecimento produzido desde o início do século 20 por pesquisadores de diferentes áreas. Em 1930, o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) já chamava a atenção para a importância da interação entre a criança e o professor e entre a criança e os colegas em situações de aprendizagem. Em A Formação Social da Mente, ele afirma que o bom aprendizado é aquele que foca o potencial que o aluno pode desenvolver com a ajuda de outros. Trabalhar em grupo, então, não é apenas importante, mas fundamental para ele.

Os estudos realizados na área destacam as condições em que se dá esse processo - o que inclui o conteúdo e o conhecimento prévio da turma -, além da importância do intercâmbio cognitivo, que traz avanços conceituais. O progresso alcançado quando os integrantes de um grupo confrontam pontos de vista moderadamente divergentes foi comprovado por pesquisa de Anne Nelly Perret-Clermont, da Universidade de Neuchâtel, na Suíça. Eles estão relatados no livroDesenvolvimento da Inteligência e Interacção Social, de 1979. Independentemente de as opiniões dos estudantes estarem certas, ela comprovou que a diversidade de posições leva a conflitos e, em consequência, ao desenvolvimento intelectual e à aprendizagem.

Isso fica claro na alfabetização, campo em que os agrupamentos são mais difundidos. No início dos anos 1980, pesquisas da educadora argentina Ana Teberosky mostraram como é produtivo agrupar os pequenos com colegas que apresentam hipóteses diferentes (mas próximas) sobre leitura e escrita. Apesar de tudo isso, poucos professores utilizam os grupos de forma criteriosa.

Hoje, um dos núcleos de destaque na investigação sobre a interação é integrado por César Coll, da Universidade de Barcelona, que, entre outros aspectos, estuda o papel do professor. Segundo ele, cabe ao educador criar condições para que os alunos realizem o trabalho com os próprios instrumentos e manter o agrupamento sempre produtivo. Para ajudar você nessa tarefa, NOVA ESCOLA selecionou 13 questões de leitores sobre o tema - entre 60 enviadas pelo site.

Critérios de agrupamento
Reescrita de conto
Ilustração: Daniel Motta
Disciplina  Língua Portuguesa
Objetivo  Desenvolver a produção de textos com base na linguagem que se usa para escrever
Conteúdo  Produção de textos
Critérios de agrupamento  Duplas, em que os dois têm nível de conhecimento próximo, mas habilidades distintas no que se refere à ortografia e à coesão de texto
Papel do professor  Vera Lúcia Guastapaglia acompanhou o trabalho para garantir que os integrantes trocassem informações e se ajudassem para que ambos avançassem
Interação entre alunos  Para reescrever a história, cada dupla produziu um texto e o redigiu conjuntamente, alternando o papel de escriba
Continue lendo a reportagem na página da Revista Nova Escola.

quinta-feira, 15 de maio de 2014


LIVROS, LIVROS, LIVROS...

Eu recomendo...




"Eu indicaria o livro Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marques.A história é envolvente; não conseguia parar de ler." Professor Bado Bertoli


"Estou lendo  A pátria de Chuteiras,  de Nelson Rodrigues. É muito interessante." Professora Marinilse Fontolan, diretora da Escola Ary


"O Estilo emocional do cérebro, de Richard J Davidson. O autor é um neurolinguista que se dedica ao estudo das emoções, investigando como isso se relaciona às funções cerebrais. Muito bom." Professora Solange Dota



"Indico o livro Por Quem os Sinos Dobram de Hemingway. O livro mais lindo que já li. A história se passa na Espanha, durante a guerra civil. Emociona." Professora Arlete Bellani  




Pense nisso, coleguinha.

Texto de Lino de Macedo
(...)
Por que temos de fazer escolhas diárias? Uma razão geral para isso é a nossa própria condição de ser vivo. Somos (incluindo-se aí os vegetais e todos os outros animais) - para continuar vivos - seres de complementaridade ou interação: uma parte de nós, porque nos completa como todo, está sempre fora de nós (nos outros, na natureza, nas coisas). O oxigênio de que precisamos depende, em nosso caso, da respiração de um ar que o contenha.

Ele é um legado das estrelas que, ao explodirem, espargiram pelo universo suas cinzas, das quais um de seus elementos (o oxigênio) possibilita, do começo ao fim, a nossa existência física. A vida social, só para ficarmos em um dos ensinamentos de Marcel Mass, depende de um eterno fluxo transitivo entre o dar, o receber e o retribuir. Do ponto de vista biológico, a gestação feminina depende, por causalidade, de uma parte (o espermatozóide) que só se encontra no sexo masculino. A mútua dependência ou a interdependência que nos caracteriza (apesar de nós) não se verifica como necessária nos seres imortais. O cristal, por exemplo, é um minério que pode sustentar – para sempre - sua condição sólida, como um tipo de vidro que só se parte ou se transforma em  pó pela atuação de agentes externos a ele (dentre os quais o ser humano e todos os seus interesses).

O que isso tem a ver com escolhas? Se uma parte de nós está fora e se queremos nos manter como um todo, é necessário (em uma condição mínima ou máxima) que escolhas sejam feitas (quaisquer que sejam seus modos ou motivos de expressão). O que escolher? Por que escolher isso ou aquilo? A qualidade ou razão de uma escolha define, por antecipação, o que será de nossa vida e da vida do grupo a que pertencemos. Não por acaso, aprender ou poder fazer escolhas com liberdade é um dos direitos mais requeridos pelos seres humanos. Sofrimento, doença, morte, injustiça, ou restrição de qualquer ordem, nesse sentido, são manifestações de um sentimento de que nossas possibilidades de escolha tornaram-se negadas ou cerceadas. Contudo, ter ou poder escolher é assumir riscos, é tornar-se responsável por nossas escolhas e conseqüências. 

Lino de Macedo é professor de psicologia da USP 


 Ou isto ou aquilo
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!


Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.


É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!


Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!


Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.


Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.



Ou isto ou aquilo, Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil



quinta-feira, 8 de maio de 2014

Revendo nosso Projeto Pedagógico


Professores, com o intuito de reler - e também rever - nosso Projeto Pedagógico (ação que teve início no Planejamento), aqui serão publicados alguns aspectos  importantes, para que possamos iniciar a discussão da Proposta, à luz dos desafios que se fazem aos educadores desta escola, no momento atual..    Bons estudos.  
                                                                                                                   Equipe Gestora

PROPOSTA PEDAGÓGICA


I- INTRODUÇÃO

(...)                     
                Ser o melhor é algo muito difícil, dá trabalho, implica muito esforço. Ser o melhor não é dizer, mas fazer o melhor e aí é que mora o “x” da questão. Todos da escola são convidados a ser os melhores e aquele que não está disposto a arregaçar as mangas e começar um trabalho sério, valoroso é convidado a descer do trem da história do Ary e procurar seu ideal, por que há muita gente interessada em ser o melhor, a  procura é muito grande, então não é concebível desperdiçar um lugar tão importante para alguém que não quer dar o melhor de si para construir um mundo melhor onde o principal objetivo é ser feliz.
                   No entanto cabe à família a colaboração na bagagem cultural do aluno e também a base na formação de valores éticos, morais, religiosos e etc. Ter a oportunidade de formar um indivíduo íntegro e útil à sociedade é um privilégio único. Enquanto espera uma formação oferecida pela instituição de ensino, possui a tarefa de ser exemplo no desempenho de papéis íntegros na sociedade, contribuindo com valores éticos, na formação do cidadão, lado a lado com a escola.
       (...) Um dos lemas da escola é trabalhar para que todos tenham a certeza de que estão na melhor escola, que aqui estão os melhores professores,  os melhores alunos,  os melhores funcionários, os melhores pais e estamos numa comunidade excelente. O otimismo permeia a todos e a esperança é marca comum.Todos têm consciência de que ser o melhor é muito trabalhoso e requer muito estudo , muita perseverança , muita luta , muito trabalho , muita disciplina e muito desejo de vencer não para ser o melhor, mas , principalmente , para ser feliz. A família é capaz de despertar o interesse e a curiosidade delas e incentivar a sua aprendizagem. Por isso, esse compromisso é indispensável. Acompanhar a vida escolar das crianças, valorizar suas tarefas e estimular a gostarem de aprender e a serem curiosas também na vida fora da escola.
     Quando a família participa da educação das crianças, elas podem sair-se muito melhor na escola e na vida. Motivação, confiança, aumento da auto-estima. O aluno conta com todas essas características quando tem o acompanhamento próximo dos pais. É preciso paciência, dedicação, determinação e acreditar no potencial das crianças. 
      Para aprender, o aluno precisa estar, receptivo, atento, motivado. Caso contrário, o estudo não passará de pura teoria e jamais será assimilado corretamente por melhor que seja o método de ensino.
         "Devemos ver a criança, futuro cidadão, como fonte de três coisas fundamentais: iniciativa (ação), liberdade (opção) e compromisso (responsabilidade). A palavra fonte quer significar que essas coisas devem brotar da criança, e não ser introjetadas nela de fora para dentro."  Isso segundo Antonio Carlos Gomes da Costa, pedagogo (um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente).
                 Cabe aos educadores não somente estabelecer regras, mas compreender melhor a situação de cada um, com afeto. O que o aluno pratica na escola é uma reprodução das atitudes tomadas em casa. Para tanto, os pais precisam estar sempre atentos e fazer reflexões. O diálogo é muito importante em qualquer situação, além do respeito à opinião dos filhos e compreensão de seus conflitos.
      Ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, a escola buscará eleger, como objetivo de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as considerações essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. (PCN - introdução pág.45)
   Os conhecimentos que se transmitem e se recriam na escola ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se opera na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola, num processo contínuo e permanente de aquisição. (PCN pág.46)
      Considerando as expectativas e as necessidades dos alunos e seus pais, a escola, para exercer a função social, precisa possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais.Isso irá fazer um diferencial enorme e não será depositado à escola o dever de ser a única responsável pelo desempenho do aluno. Esta é a mudança que precisa ficar clara. Não se pode transferir toda responsabilidade para a escola; é preciso ser parceiro dela. Ser parceiro é valorizar na rotina do aluno aqueles aspectos que vão torná-lo melhor estudante  
    A parceria família/escola ajuda a afastar as crianças das drogas e da violência e precisa ser permanente. Quanto maior o envolvimento dos pais, melhor o desempenho do aluno que ganha segurança e auto-estima, aprendendo e participando nesse processo evidencia-se a necessidade da participação da comunidade, em especial dos pais, tomando conhecimento e interferindo nas propostas da escola.Quando o professor pode contar com uma atuação ativa da família, tem seu trabalho facilitado e com grande possibilidade de ampliação. Mais do que transmitir conhecimentos adquiridos no decorrer do próprio aprendizado, além de informações de como viver em sociedade, o professor também precisa se preocupar com a formação humana do aluno e isso exige, acima de tudo amor, paciência e persistência.
           (...) Os alunos não contam exclusivamente com o contexto escolar para a construção de conhecimento sobre conteúdos considerados escolares. A mídia, a igreja, os amigos, são também fontes de influência educativa que incidem sobre o processo de construção de significados desses conteúdos. Essas influências sociais normalmente somam-se ao processo de aprendizagem escolar, contribuindo para consolidá-lo; por isso é importante que a escola as considere e as integre ao trabalho. (...)  (PCN pág.54) Cabe à escola preocupar-se com que os alunos desenvolvam capacidades relacionadas às várias vivências a que estão expostos em seu universo cultural. A atuação do professor em sala de aula deve considerar os fatores sociais, culturais e a história educativa de cada aluno, como também características pessoais. Deve dar especial atenção ao aluno que demonstrar a necessidade de resgatar a auto-estima.A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor máximo o respeito às diferenças, ou seja, o direito de todos os alunos realizarem as aprendizagens fundamentais para seu desenvolvimento e socialização. (PCN - pág. 97)
              A participação é um princípio da democracia que necessita ser trabalhado; é algo que se aprende e se ensina. A escola será um lugar possível para essa aprendizagem se promover a convivência democrática no seu cotidiano, pois aprende-se a participar, participando. A importância do convívio escolar ganha amplitude quando a escola se propõe como espaço de atuação pública dos alunos.Portanto, o nosso lema é formar homens que façam a diferença, que sejam importantes para o futuro da humanidade.
               Esta instituição escolar, já há algum tempo, é avaliada de forma positiva e, com isso, goza de um conceito muito bom entre os alunos, pais, professores e comunidade em geral. Dessa forma, tornaram-se comuns pedidos de vaga durante todo o decorrer do ano, cujas razões baseiam-se no conceito que esta instituição tem, mas que é fruto de um contínuo trabalho junto à toda equipe escolar e que ultrapassa os muros e atinge a comunidade como um todo.
   Vários são os motivos que nos levam, a cada dia, a obter tal avaliação dos diferentes seguimentos, mas, com certeza, um deles é fundamental: trabalhar para que todos tenham a certeza de que toda ação cotidiana reflete a responsabilidade de quem a realiza. Todos nós somos, portanto, responsáveis pela construção da realidade que nos cerca, que pode ser alicerçada na valorização de nossa função como educadores, mas também na sua destruição cotidiana, resultado de posturas irresponsáveis e inconsequentes de pessoas que, infelizmente, compartilham de um espaço essencialmente educacional.                                                                                                                                                                                                                      Todos devem ter, no entanto, a consciência de que para continuarmos com esse conceito junto à comunidade, torna-se fundamental que nosso trabalho tenha como característica coletiva a responsabilidade social, ou seja, que todos os profissionais da educação percebam o peso que a educação tem na formação de todos os cidadãos.
             Não se trata de um trabalho fácil, mas possível de realizarmos se coletivo for colocado em primeiro plano, deixando de lado as particularidades, corporativismo e ambições pessoais. Para tanto, é essencial o estudo, a reflexão, o debate e o crescimento pessoal e profissional de todos, que somente serão realizados se as pessoas compreenderem a importância do aprender sempre, não só na profissão de educadores, mas em todas, sem nenhuma exceção.